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A Ilha do Dr. Moreau – A obra de H.G.Wells e suas três adaptações para o cinema. Todas disponíveis na Darkflix

Nesta semana a Darkflix lançou em seu catálogo o filme “A Ilha do Dr. Moreau” de 1996. O filme foi baseado na obra do visionário e renomado escritor Herbert George Wells, mais conhecido como H. G. Wells. O autor ficou famoso pelos seus romances de ficção, sempre permeados por suas visões políticas e futuristas.

No final do século XIX ele publicou obras que se tornaram verdadeiras referencias no gênero de ficção cientifica, tais como a “A Máquina do Tempo” (1895), “A Ilha do Doutor Moureau” (1896), “O Homem Invisível” (1897) e “A Guerra dos Mundos” (1898). Muitas delas foram adaptadas para a grande tela, em alguns casos, mais de uma vez.

A partir da década de 30, três versões cinematográficas de “A Ilha do Dr. Moreau” foram lançadas, a primeira em 1932, a segunda em 1977 e a mais recente em 1996, todas elas já disponíveis no catálogo da Darkflix.

No livro acompanhamos a história de Charles Prendick, um náufrago que é resgatado por um navio a caminho de uma pequena ilha não mapeada. Debilitado e contra a sua vontade, Prendick desembarca na ilha e lá conhece o Dr. Moreau, um cientista britânico exilado por suas pesquisas polêmicas, que vive sozinho com nativos de aparência estranha. Aos poucos Parker descobre que todos os habitantes da ilha são frutos de bizarros experimentos evolutivos do cientista que pretende criar seres humanos a partir de animais.

Publicado há mais de cem anos, o livro ainda mantém o ímpeto da surpresa e do horror derivada da visão sombria do escritor claramente influenciado pelo darwinismo e outras teorias científicas.

Rebatizada sob o nome de “A Ilha das Almas Selvagens”, a primeira versão cinematográfica foi dirigida por Erle C. Kenton que conseguiu transmitir com delicadeza a intenção e a natureza de seus personagens no filme. O ator Charles Laughton ficou a cargo de interpretar Dr. Moreau e a sua atuação acabou se tornando uma referência para as demais versões que se seguiram. O ator se inspirou na paixão que tinha pelo terror clássico para viver o cientista calculista e sádico de forma sutil, como um homem sedutor que esconde a sua loucura atrás de modos refinados e de uma postura sarcástica.

Também vale destacar a curta, mas importante participação de Bela Lugosi como o Recitador da Lei – um tipo de conjunto de regras de conduta que mantém os nativos humanoides sob controle. Lugosi, mesmo com muita maquiagem, consegue transmitir a sua devoção às leis de Moreau.

“A Ilha das Almas Selvagens” impressiona pelos conceitos visuais, pelas atuações e pela narrativa que explora, através das ações de suas personagens, os lados positivos e negativos dos conceitos de humanidade e bestialidade. Podemos dizer que a obra, com mais de 80 anos, envelheceu muito bem.

A segunda versão chegou às telas em 1977, 45 anos após o primeiro filme. Desta vez, o ator Burt Lancaster protagonizou o médico exilado com uma performance poderosa a assustadora. Posteriormente ele foi apontado como a escolha perfeita para o papel devido ao seu porte físico que correspondeu fielmente ao personagem do livro de Wells.

A narrativa do filme, dirigido por Don Taylor, tentou ser fiel ao livro, mas em alguns momentos tomou a liberdade de criar novas sequencias de eventos para as personagens. Muitas cenas de ação foram incluídas para criar tensão junto ao espectador. A Atriz Barbara Carrera, que participou do filme, chegou a afirmar que haviam três ou quatro finais alternativos para a película.

Além da excepcional atuação de Lancaster, o longa traz cenas de lutas incrivelmente realistas considerando que não há nenhum efeito digital. A caracterização dos nativos humanoides também se destaca pela autenticidade. No geral, o filme garante um ótimo entretenimento com doses certas de tensão e terror.

A versão mais atual da história trouxe o vencedor do Oscar, Marlon Brando, no papel do exótico cientista que vive como Deus perante suas criaturas humanoides. O elenco também contou com a presença de Val Kilmer e David Thewlis que interpretou o náufrago.

As filmagens foram difíceis desde o início, as condições climáticas adversas do local e problemas com o elenco pontuaram a produção e dificultaram a direção do longa que inicialmente estava a cargo de Richard Stanley, um diretor promissor responsável pelos filmes “Hardware” e “Dust Devil”. Stanley teve problemas em lidar com o temperamento difícil de Brando e Kilmer, que passavam por problemas pessoais (Val Kilmer estava em crise devido ao divórcio e Brando se recuperava do suicídio da filha) e acabou sendo substituído já nos primeiros dias de filmagem por John Frankenheimer. Para lidar com a situação, o novo diretor deixou os atores à vontade e Brando chegou a usar ponto eletrônico para ouvir seus diálogos.

Apesar dos contratempos, sempre que Brando aparecia em cena as atenções voltam-se para ele. Kilmer também acabou se destacando no papel de Montgomery, personagem cínico e de caráter atormentado.

O remake, feito há 24 anos, trouxe um olhar diferente do padrão Hollywoodiano, não contaminado pelo politicamente correto e pela censura invisível. No final, o que filme e livro conservaram é a grande dose de lição de moral.

Em 2014, foi lançado o documentário “Lost Soul: The Doomed Journey of Richard Stanley’s Island of Dr. Moreau” que narra a história do diretor Richard Stanley nos bastidores da produção de “A ilha de Dr. Moreau”. Em breve essa produção também estará disponível na Darkflix.

Agora resta apenas decidir qual versão do filme você vai assistir primeiro! Acesse a plataforma www.darkflix.com.br e confira. Se você ainda não é assinante, pode experimentar o serviço por 7 dias grátis, se inscreva.

 

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