Imagine o antagonista de um filme de terror, o que lhe vem à mente? Um louco mascarado segurando um facão ensanguentado ao estilo de Jason Voorhees? Talvez Freddy Krueger com sua luva de couro ou o Dr. Hannibal Lecter andando de um lado para o outro em sua cela enquanto provoca a jovem agente do FBI, Clarice Starling.
Nos filmes de horror, os homens dominam os papeis de vilões há anos, enquanto as mulheres costumam interpretar as vítimas que conseguem sobreviver no final da história. No entanto, existe um certo nível de pavor provocado por uma vilã que simplesmente não se compara ao horror tradicional do vilão – como evidenciado pelas mulheres relacionadas abaixo – e ninguém, em sã consciência, gostaria de provocar a ira das personagens assassinas desta lista. Algumas são motivadas por vingança, outras pela loucura ou possessão demoníaca, mas em qualquer um dos casos, elas representam um terrível pesadelo. Saiam da frente, Freddy e Jason, aqui estão as melhores (e macabras) vilãs do cinema.
Pamela Voorhees, “Sexta-Feira 13” (1980)
Todos que assistiram ao filme “Sexta-feira 13” sabem que é a Sra. Voorhees, e não Jason, a verdadeira assassina no filme de terror dos anos 80. E é compreensível que a mãe de Jason queira se vingar dos instrutores irresponsáveis do acampamento que falharam em proteger seu filho, deixando que ele morresse. O único problema é que os instrutores que ela mata brutalmente, um por um, não têm nada a ver com a morte dele, mas isso não impede que a matança continue, inclusive pelas mãos de seu amado filho.
Marie, “Alta Tensão” (2003)
Quem seria a vilã por trás do filme francês “Alta Tensão”? Se ainda não assistiu ao longa, pare de ler agora, alerta de spoiler! O longa de terror extremo tem um final épico que revela a verdadeira vilã da história que possui um senso distorcido de devoção. No decorrer da trama descobrimos que Marie é obcecada por Alex e está determinada a fazer a amiga se apaixonar por ela de qualquer jeito, nem que para isso seja necessário assassinar a sangue frio toda sua família. Marie certamente não é a nora que uma mãe quer ter.
Sadako Yamamura, “O Chamado” (1998)
Muito antes de Samara Morgan dar as caras nas telonas, o espirito maligno de Sadako Yamamura já aterrorizava os espectadores ao sair do poço em busca de suas vítimas. O filme original “O Chamado” foi lançado no Japão em 1998 e deu origem à versão americana, em que a fantasminha ganhou novo nome, mas a verdade é que Sadako é a precursora da vilã que rastejou até os nossos pesadelos. Na história, um grupo de pessoas morrem sem explicação aparente após assistirem uma fita misteriosa em VHS, que descobrimos mais tarde ser amaldiçoada.
Rainha Alien, “Aliens – O Resgate” (1986)
Uma espécie extraterrestre das profundezas mais escuras do espaço? Sim, mas, acima de tudo, uma vilã. Em “Aliens – O Resgate”, a tenente Ripley, interpretada por Sigourney Weaver, vive o desafio mais assustador de sua vida ao se deparar com a rainha alienígena, uma xenomorfa imensa que consegue botar vários ovos ao mesmo tempo. A forma monstruosa e as fileiras de dentes brilhantes da criatura lhe conferem um lugar privilegiado nesta lista. No entanto, é o poder de controle mental sobre os demais alienígenas e seu instinto feroz de proteção que a tornam uma verdadeira vilã impetuosa. É a mãe alienígena que dá as cartas na trama e entendemos a sua motivação – mesmo que isso signifique a nossa extinção.
Elly Kedward, “A Bruxa de Blair” (1999)
Em 1875, Elly Kedward foi expulsa do vilarejo onde morava após ser acusada de bruxaria pelas crianças do local. Devido ao inverno rigoroso a mulher logo foi dada como morta, entretanto depois que ela partiu todos que a acusaram, inclusive as crianças, morreram. Outras mortes aconteceram aos longos das décadas, muitas associadas a Elly. O seu nome nunca mais foi mencionado e ela ficou conhecida como a bruxa de Blair. Essa personagem maquiavélica virou lenda e embora nunca tenha aparecido diante das câmeras fez muita gente perder o sono de medo.
Regan Macneil, “O Exorcista” (1973)
Sabemos que a inocente Regan não teve culpa de ter sido possuída por uma entidade demoníaca, mas a partir do momento que Pazuzu toma o seu corpo, a doce menina desaparece. Seu rosto transfigurado e seu comportamento aterrorizante ficou na memória de todos os que assistiram ao filme. O confronto entre Regan e os padres que tentam exorciza-la é um espetáculo de horror inquietante. A protagonista reinou durante muitos anos entre os filmes de possessão.
Annabelle, “Annabelle” (2014),
Na trama do filme Annabelle conhecemos a história da boneca possuída. Um casal que perdeu a filha é enganado por um espírito que se passa pelo fantasma da criança que morreu. O pai faz uma boneca de porcelana para que o espírito da menina vivesse com eles para sempre, mas a entidade na verdade é um demônio que busca a destruição. Annabelle, certamente é a boneca mais assustadora do cinema.
Margaret White, “Carrie, a Estranha” (2013)
Além de entrar para a lista de vilãs assustadoras, Margaret White facilmente ficaria entre as primeiras no quesito mães perturbadas e abusadoras. A personagem é uma fanática religiosa que controla e castiga a filha Carrie constantemente por acreditar que tudo que ela faz é pecaminoso. Quando Margaret percebe que não consegue mais controlar a filha, decide colocar um fim na vida da adolescente.
Peyton Flanders, “A Mão que Balança o Berço” (1992)
Peyton Flanders é uma das vilãs mais memoráveis dos anos 90. No filme, Claire e Michael Bartel tem dificuldades para encontrar a babá ideal, até que conhecem Peyton Flanders, uma mulher inteligente, encantadora e dedicada que logo é contratada para cuidar dos filhos do casal. Eles acreditam que seus problemas chegaram ao fim, mas com o decorrer do tempo percebem que a babá se comporta de maneira estranha e perturbadora. Os níveis de maldade de Peyton se desdobram gradativamente durante o filme mantendo o clima de tensão constante.
Annie Wilkes, “Louca Obsessão” (1990)
Em Louca Obsessão, Kathy Bates venceu o Oscar de Melhor Atriz ao interpretar Annie Wilkes. A personagem é fã do escritor Paul Sheldon que pretende encerrar a série de livros preferida de Annie. Por ironia do destino, o autor sofre um acidente e acaba socorrido pela sua fã doentia que vê a oportunidade de fazê-lo dar continuidade às histórias, custe o que custar. O filme foi baseado na obra de Stephen King e possui uma cena memorável que envolve tornozelos e uma marreta… Annie é realmente a fã mais assustadora do cinema.
Esther, “A Órfã” (2009)
O mal tem várias formas, neste caso, ele acompanha a pequena órfã Esther, cuja aparente inocência esconde uma alma sinistra. Abalados pela perda de um bebê ainda na gestação, o casal Kate e John decidem adotar uma criança. No orfanato, conhecem uma menina de nove anos e decidem levá-la para casa. Tudo parece bem, até que Esther começa a mostrar suas verdadeiras intenções.
Carrie White, “Carrie: A Estranha” (1976 e 2002)
Talvez Carrie não devesse estar nesta lista, afinal, a personagem é atormentada pela sua mãe abusadora e é vítima constante de bullying por parte de seus colegas da escola. Entretanto, após descobrir seus poderes telecinéticos, a jovem rapidamente decide usa-los para se vingar dos que lhe fizeram mal… e de alguns inocentes também de forma bem cruel.
Ginger Fitzgerald, “Possuída” (2000)
De menina estranha e obcecada pela morte à poderosa e cruel, Ginger se deixou levar pelo inevitável poder que adquiriu após ser atacada por um lobisomem. A jovem adolescente se torna cada vez mais violenta e inicia uma sucessão de mortes na escola onde estuda e pela cidade. O divertimento preferido da vilã passa a ser destroçar suas vítimas, até mesmo sua irmã enfrenta o desejo de sangue de Ginger.
Jennifer, “Garota Infernal” (2009)
Megan Fox da vida à Jennifer, uma líder de torcida que se torna possuída por um demônio após um ritual feito por uma banda de rock. A estudante sexy começa a se comportar de forma estranha e para se manter viva precisa comer suas vítimas, neste caso, seus colegas de classe do sexo masculino. A vilã se torna uma devoradora de homens.
Eli, “Deixe Ela Entrar” (2008)
A vampira dessa lista parece uma menina inofensiva e doce, mas não se engane, Eli possui uma aparência angelical, porém sua natureza é predatória. Ela se alimenta de sangue e não tem problemas em desmembrar ou decapitar suas vítimas se for necessário. A sua sincera amizade com Oskar, um menino de 12 anos, quase nos faz esquecer dos seus atos sangrentos.
Sil, “A Experiência” (1995)
Na trama, cientistas conseguem criar um ser alienígena a partir de um código genético desconhecido enviado do espaço. O ser se assemelha a uma menina, batizada de Sil, que se desenvolve rapidamente. Temendo as perigosas consequências, o cientista responsável pelo projeto decide matar Sil, mas a criatura consegue fugir e em pouco tempo se transforma em uma híbrida violenta, inteligente e com os instintos a flor da pele. Sil dá início à uma caçada sangrenta pelo parceiro ideal para acasalar e proliferar sua espécie.