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Ator alemão, Udo Kier, é homenageado pela Mostra Crash que começa nesta semana

Muso do cineasta Paul Morrisey nos anos 1970, Udo Kier, conhecido por seu trabalho intenso no cinema de horror e exploitation, é um dos homenageados da 12º CRASH – Mostra Internacional de Cinema Fantástico, que apresenta uma minirretrospectiva com quatro filmes da carreira do ator. O evento online acontece de forma gratuita entre os dias 09 e 13 de dezembro, através da Darkflix, plataforma de streaming brasileira voltada ao gênero do terror.

 

Udo Kier em cena do filme “Sangue para Drácula” – Imagem: Divulgação

 

Com quase 60 anos de profissão, Udo Kier possui um currículo generoso. O ator atuou em cerca de 260 filmes ao lado de diretores renomados, como Dario Argento, Rainer Werner Fassbinder, Lars Von Trier, Herzog, Wim Wenders, Michael Bay, Gus Van Sant, Quentin Tarantino e Guy Maddin. Trabalhou em blockbusters, entre eles “Armageddon” (1998) e “O Fim dos Dias” (1999), entretanto, são pelos personagens cults e excêntricos que é mais conhecido.

Recentemente, pode ser visto em “Bacurau” (2019), filme pernambucano do cineasta Kleber Mendonça Filho, onde interpretou o vilão Michael, líder de um bando armado que tenta matar os habitantes de uma cidade sertaneja (o filme venceu seis troféus no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro deste ano).

O alemão iniciou a carreira aos 18 anos, interpretando um gigolô no curta “Road to Saint Tropez” (1966) de Michael Sarne, mas foi no início dos anos 1970, durante um voo entre Roma e Monique que novas oportunidades surgiram. “O americano que viajava ao meu lado foi logo perguntando: ‘O que você faz na vida?’. Respondi que era ator e mostrei minhas fotos de portfólio. Ele achou interessante e anotou meu telefone numa página do passaporte. Perguntei: ‘E o que é que você faz?’. Ele disse: ‘Trabalho para Andy Warhol. Meu nome é Paul Morrissey’. Semanas depois, ele me ligou, chamando para fazer um filme no Cinecittá, o estúdio italiano. Era uma versão proibida para menores de Frankenstein (Carne para Frankenstein)”, contou Kier em entrevista durante o segundo Festival Internacional de Macau, onde também foi homenageado.

Logo depois foi chamado para fazer “Sangue Para Drácula” (1974). “Paul me disse que eu teria que perder 6 kg em uma semana. Não vi problema algum. Não sou Robert De Niro, mas tenho meus métodos. Parei de comer imediatamente. Só beliscava uma salada e tomava água. É por isso que o Drácula, no filme, está quase sempre numa cadeira de rodas. Eu não tinha forças para ficar de pé”, confessou o ator.

Os longas “Carne Para Frankenstein” e “Sangue Para Drácula” – ambos dirigidos Morrissey, com produção de Andy Warhol – fazem parte da mostra especial em homenagem ao ator, que também inclui “A Marca do Diabo” e “Pesadelo Mortal”. Para assistir a todas as obras do evento, basta se cadastrar gratuitamente pelo site ou app da Darkflix.

A mostra CRASH também realizará uma live com o Kier no dia 13 de dezembro, às 19h. O ator falará sobre sua carreira e seus trabalhos no cinema de gênero. O bate papo será mediado por Gurcius Gewdner e Márcio Júnior e contará com tradução simultânea para o português e intérprete de libras, garantindo acessibilidade aos deficientes auditivos. A live será transmitida no canal do Youtube da MMarte Produções, realizadora da mostra.

 

“Carne Para Frankenstein”

Nesta adaptação da lendária obra de Mary Shelley, Paul Morrissey foge de qualquer romantismo presente na publicação. Udo Kier vive o Barão Frankenstein, um homem desiquilibrado casado com a própria irmã, interpretada por Monique Van Vooren. Seu grande projeto científico é criar uma raça superior e, para isso precisa dos corpos de uma mulher e de um homem. Logo  encontra o casal que procurava, dois camponeses que visitavam um bordel.

 

“Sangue Para Drácula”

Drácula (Udo Kier) precisa do sangue de virgens para sobreviver. Em busca do seu elixir, parte com seu assistente Anton (Arno Juerging) para a Itália, onde a tradição religiosa propicia a existência de noivas virgens. Lá, encontram uma família com quatro jovens moças prestes a se casar, porém nem todas são puras. Drácula precisa escolher sua noiva, mas antes tem que descobrir qual delas é realmente virgem.

 

“A Marca do Diabo”

Na Áustria do século XVIII, o aprendiz de um caçador de bruxas perde a fé em seu mentor e passa a ter dúvidas sobre a justiça da caça às bruxas quando testemunha a brutalidade, a injustiça, a falsidade, a tortura e a matança arbitrária que acompanham o trabalho.

 

“Pesadelo Mortal”

Dirigido pelo icônico diretor John Carpenter, em “Pesadelo Mortal”, acompanhamos o dono de um cinema que possui um passado tórrido que o assombra. Ele é contratado para buscar a única cópia existente de um filme tão notório que sua exibição única fez com que os espectadores ficassem homicidamente loucos.

 

 

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