Com mais de 100 opções, entre longas e curtas-metragens, a Mostra CRASH realizou uma curadoria diversificada e selecionou obras de várias partes do mundo. O espectador pode apreciar produções da Espanha, Croácia, Estados Unidos, Argentina, Suíça, Austrália, Finlândia, Canadá, Taiwan, França, Alemanha, e tantos outros países. Mas isso não significa que o Brasil ficou de fora. Oito curtas e quatro longas metragens fazem parte da programação e concorrem nas categorias Melhor longa-metragem e Melhor Curta-metragem Nacional.
Além dos filmes de longa duração, a inclusão de curtas na mostra reforça a importância desse formato para o mercado cinematográfico e destaca a necessidade de vermos tais obras de maneira profissional. A sua exibição em eventos como a CRASH faz com que o público valorize esse nicho, que cada vez mais funciona como um portfólio para o realizador, um ensaio para o longa-metragem.
A programação nacional inclui histórias de ficção cientifica, terror, gênero fantástico e surreal. Selecionamos a seguir todas as produções feitas em terras tupiniquins para você curtir e prestigiar o nosso cinema nos próximos dias. (Mas não deixe as obras estrangeiras de fora, a seleção também está incrível). Para facilitar a busca por gênero, todos os curtas-metragens foram divididos em sessões de acordo com o segmento de cada um.
Lembrando que a mostra CRASH acontece de forma online e gratuita na plataforma da Darkflix. Basta se cadastrar para ter acesso ao conteúdo do evento que começou neste dia 09 e vai até domingo, dia 13 de dezembro. Não perca.
“Sirumi” (Mynosy), 2019
Direção: Thiago Camargo
Duração: 18 min.
Em um futuro distópico, Joana tenta cuidar de seu filho, que contraiu MYNOSY, a Misteriosa Síndrome do Barulho.
“Antônia” (Rotten Faith), 2020
Direção: Flávio Carnielli.
Duração: 09 min.
Interior do Brasil, Século XIX. Após perder filha e neta para o sarampo, um casal idoso vê sua fé apodrecer.
“Pop Ritual”, 2019
Direção: Mozart Freire.
Duração: 19 min.
Padre João prende um vampiro e o visita para um regime de experimentos científicos e estranhezas. Com o passar do tempo os encontros se tornam uma alucinada relação entre erotismo e o sobrenatural e os dois entram em uma relação obsessiva de vida e de morte.
“The Angel in the Pit” (O Anjo No Poço), 2019
Direção: Matheus Marchetti.
Duração: 14 min.
Durante o almoço de Natal, dois meninos planejam o sacrifício de seu algoz para uma divindade misteriosa que pode ou não ter sido imaginada.
“Fantasma Magnético” (Ghost Magnetic), 2020
Direção: Rafael Van Hayden.
Duração: 08 min.
Todas as noites ela tenta escapar de seus pesadelos, mas estar de olhos abertos não significa estar acordada.
Introdução aos Estudos Oníricos (Introduction To Dream Studies), 2020
Direção: Amanda Pontes.
Duração: 03 min.
Um vírus castiga a Terra em 2020.
“Rasga Mortalha”, 2019
Direção: Thiago Martins de Melo
Duração: 13 minutos
Rasga Mortalha tem sua origem na lenda da coruja “Suindara”, muito mencionada no folclore do Norte e Nordeste brasileiros, para abordar as urgências sócio-políticas do país. Acredita-se quer o avistamento de sua figura branca, seguida por seu canto selvagem (que lembra o som de tecido sendo rasgado), traz consigo um prenúncio de morte. Empregado como um vetor metafórico para refletir sobre e transcender um entendimento fatalista da história do Brasil, o artista se vale dessa tradição popular para cruzar séculos de eventos públicos com memórias, referências e criações pessoais, gerando uma narrativa densa e afiada.
“Uma Quimera”, 2020
Direção: Régis Garcia.
Duração: 01 min.
Ser arrancado da teta e jogado no mundo. Uma quimera é um híbrido, prazer e sofrimento na mesma carne, a angústia enquanto forma de gozo e de satisfação de um desejo que nem sabe a quem pertence. A narrativa poética é o meio para catarse em “Uma Quimera”, uma boca que fala e saliva sobre si mesma, consumindo o mundo numa fome voraz de desespero, medo e satisfação.
“Atrás da Sombra”, 2020
Direção: Thiago Camargo
Duração: 85 min.
Jorge, um investigador particular busca informações sobre a morte de um jovem em uma pequena cidade no interior do Goiás, cheia de moradores misteriosos. Ele é atormentado por pesadelos com uma mulher que nunca conheceu. O encontro com ela, em uma mata mal assombrada, revela que não é por acaso que Jorge esteja nessa misteriosa investigação, que irá mudá-lo para sempre.
“Cantos dos Ossos”, 2020
Direção: Petrus de Bairros, Jorge Polo.
Duração: 88 min.
Duas amigas monstras decidem seguir rumos diferentes. Décadas depois da despedida, Naiana é professora do ensino médio em uma pequena cidade litorânea, onde um hotel em reforma emana uma estranha presença. A três mil quilômetros dali, a noite feroz engole Diego.
“O Cemitério das Almas Perdidas”, 2020
Direção: Rodrigo Aragão.
Duração: 95 min.
Corrompido pelo poder do livro negro de Cipriano, um jesuíta e seus seguidores iniciam um reinado de terror no Brasil colonial, até serem amaldiçoados a viver eternamente presos sob os túmulos de um cemitério. Agora, séculos depois, eles estão prontos para se libertar e espalhar sua maldade em todo o mundo.
“Rodson ou (Onde o Sol Não Tem Dó)”, 2020
Direção: Clara Chroma, Orlok Sombra, Cleyton Xavier.
Duração: 75 min.
São os pré anos 3000. Arte é crime. Refletir é proibido. Ler não existe mais. Somente produções e consumos em massa são permitidos. RODSON®. Um garoto com seu animalesco instinto artístico represso pela sociedade ao seu redor, só mais um de muitos. O governo anarcocrenty comete o engano de achar que a besta estivera sob controle, mas sua mente concebe CALEB® o alterego de RODSON@ que o lança estrada a fora, abandonando ares-condicionados em busca da alucinação perfeita sob o Sol sem dó de 2000°C que a última camada de exosfera proporciona a vigente sociedade.