Encerrado neste último domingo, dia 25 (após prorrogação), o XVII Fantaspoa somou mais de 20 mil horas em exibições de curtas e longas-metragens da sua programação. Seguindo a mesma estratégia do ano passado – devido à crise sanitária causada pelo COVID-19 – os curtas e longas-metragens selecionados pelo festival foram todos exibidos de forma digital e gratuita. Este ano, o conteúdo foi veiculado pelo streaming Würlak, nova plataforma do grupo DRK Entretenimento, também responsável pelos serviços da Darkflix, Bradoky e Darkomix.
De acordo com o streaming, os filmes do festival tiveram mais de 63 mil visualizações, número semelhante à última edição, que registrou o montante de 65 mil. O resultado é positivo e confirma a democratização do ambiente on-line, que possibilita o acesso ao festival através de qualquer player situado em território brasileiro. A parceria entre o Fantaspoa e o Würlak também foi uma ótima oportunidade para estrear e apresentar a nova plataforma, que demonstrou um ótimo desempenho.
Os números finais do evento mostraram que todos os filmes da programação foram assistidos, mas alguns se destacaram. Entre os longas-metragens, o campeão de audiência foi o japonês “Dois Minutos Além do Infinito”, uma ficção científica independente que vem colecionando elogios por onde passa. A obra foi dirigida por Junta Yamaguchi, vencedor da categoria Melhor Direção na competição internacional do XVII Fantaspoa.
O terror “A Cabelereira”, que rendeu o prêmio de melhor atriz para Najarra Townsend, também está entre os mais assistidos, seguido pelo brasileiro “Entrei em Pânico ao Saber o que vocês Fizeram na Sexta-feira 13 do Verão Passado”, produção independente do diretor e roteirista, Felipe M. Guerra.
O húngaro “Post Mortem”, de Péter Bergendy e “Jumbo”, eleito o melhor filme internacional do festival, também se sobressaíram.
Entre os curtas-metragens, três brasileiros ficaram entre os mais procurados, “Acorde”, de Tiago Teixeira, “AzulScuro” dos cineastas Evandro Caixeta e João Gilberto e “A Barca”, que levou o prêmio de Melhor Curta-Metragem Nacional pela ACCIRS – Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. A obra, primeiro filme escrito e dirigido por Nilton Resende, se inspira no conto “Natal na Barca” da escritora Lygia Fagundes Telles e mantém uma narrativa intrigante que traça o encontro de duas mulheres com perspectivas diferentes sobre a solidão.
Entre os dias 9 e 25 de abril, o XVII Fantaspoa exibiu 164 filmes, sendo 59 longas e 105 curtas-metragens, oriundos de 40 países. O evento também promoveu 32 debates com pessoas envolvidas na realização dos filmes exibidos e 14 atividades formativas ministradas por profissionais da área, tais programações paralelas obtiveram 22 mil participações, totalizando, junto às visualizações dos filmes, mais de 85 mil espectadores, um recorde.
Realizado com recursos da Lei 14.017/2020, a Lei Aldir Blanc, o Fantaspoa conseguiu envolver 174 diferentes profissionais, empregando 114 pessoas direta ou indiretamente.