Amanhã, dia 12, começa o 1º Festival de Cinema Brasileiro Fantástico. Até o dia 18 de maio, o evento exibirá 41 filmes, sendo oito longas e 32 curtas divididos entre três mostras: Inéditos do Brasil, com 14 curtas-metragens finalizados entre 2018 e 2021 de cidades como Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Recife, Salvador, Cordisburgo e Manaus; Retrospectiva, com oito longas e dez curtas-metragens realizados entre 2013 e 2020; e Realizadores Fluminenses, com nove curtas produzidos entre 2018 e 2021 de profissionais nascidos ou residentes no estado do Rio.
O público terá acesso a obras que incluem “Sol Alegria”, de Tavinho Teixeira e “Skull – A Máscara de Anhangá”, de Armando Fonseca e Kapel Furman, ambos inéditos no circuito comercial. Entre os curtas o destaque fica com “O Prazer de Matar Insetos”, de Leonardo Martinelli, vencedor do Prêmio do Público do Panorama Carioca na edição especial de 30 anos do Curta Cinema.
A programação será on-line e gratuita, todos os filmes serão exibidos pela plataforma Würlak, para ter acesso ao conteúdo, basta realizar um breve cadastro com nome, e-mail e senha. Quem já se cadastrou no serviço em festivais anteriores, pode usar o mesmo login.
Saiba quais produções compõem cada mostra.
INÉDITOS DO BRASIL
“A Melhor Versão de Mim”, de Kallyo Aquiles, 23’, 2020, Livre
Lucas se esforça para ser adotado e passa seus dias sendo provocado pelas outras crianças. Seu único amigo é a música, mas isso muda quando ele conhece Marina, uma garota que afirma vir de outro planeta.
“Mãtãnãg, A Encantada”, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho, 14′, 2019, Livre
A índia Mãtãnãg segue o espírito de seu marido, morto picado por uma cobra, até a aldeia dos mortos. Juntos eles superam os obstáculos que separam o mundo terreno do mundo espiritual. Uma vez na terra dos espíritos, as coisas são diferentes: outros modos regem o sobrenatural. Mas Mãtãnãg não está morta e sua alma deve retornar ao convívio dos vivos. De volta à sua aldeia, reunida a seus parentes, novas vicissitudes durante um ritual proporcionarão a oportunidade para que mais uma vez vivos e mortos se reencontrem. Falado em língua Maxakali e legendado, Mãtãnãg se baseia em uma história tradicional do povo Maxakali. As ilustrações para o filme foram realizadas em oficina na Aldeia Verde, no município de Ladainha, em Minas Gerais.
“Cova Humana”, de Joel Caetanos, 10’, 2019, 10 anos
Ele enterrou sua dor profundamente, mas ela insiste em voltar.
“Fragile”, de Ramon Faria, 11’, 2018, Livre
Mr. Nakashima teve um interessante passado, mas agora quer viver longe destas lembranças. Após anos de solidão, ele decide adquirir um robô para ajudar nos afazeres diários. A amizade vai crescendo e eles vivem felizes e tranquilos. Porém, uma criatura resolve fazer uma visitinha e as coisas começam a sair do lugar.
“O Radar”, de Marisa Mendonça, 22′, 2019, 12 anos
Angelo é surpreendido com uma multa de trânsito que revela o paradeiro de sua moto roubada. Enquanto persegue o ladrão, ele descobre aos poucos que mistérios maiores o aguardam em uma estranha aventura.
“Mamãe Tem um Demônio”, de Demerson Souza, 25’, 2020, 14 anos
Tete Barilove está morta, mas seu corpo desapareceu. Beni, uma grande fã, descobre pistas que podem trazer a verdade sobre a cantora brasileira mais famosa dos anos noventa.
“Ditadura Roxa”, de Matheus Moura, 23’, 2020, 12 anos
Yeda, mulher verde, vende pães para sustentar a casa onde vive com seu marido doente. Por meio do contexto das pessoas verdes, conhecemos a realidade de quem vive à margem de uma sociedade roxa e conservadora. Uma oportunidade faz com que Yeda repense sua identidade e seus valores.
“Em Cima do Muro”, de Hilda Lopes Pontes, 15’, 2019
Mergulhada numa depressão profunda, Amélia tenta encontrar nas redes sociais uma aprovação dos seus seguidores, mas, sua falta de bom senso quebrará todas suas expectativas de se tornar uma digital influencer.
“A Retirada Para um Coração Bruto”, de Marco Antônio Pereira, 33’, 2018, Livre
Ozório é um senhor que vive sozinho em um local isolado. Ele passa os dias ouvindo rock no rádio, enquanto vive o luto da sua companheira. Isso até que um movimento no céu quebra sua solidão.
“Jamary”, de Begê Muniz, 18’, 2021, Livre
Ane passa as tardes brincando nos arredores da floresta com seus primos, até se deparar com o Anhangá, um espírito indígena que rodeia a sua comunidade. Mas ao adentrar mais profundamente na floresta, Ane se depara com uma verdadeira assombração.
“Nervo”, de Pedro Jorge e Sabrina Maróstica, 12′, 14 anos
Um homem bêbado desaparecido. Uma geladeira trancada. Uma unha no bolo de carne. Uma circunstância suspeita.
“O Conforto das Ruínas”, de Gabriela Lourenzato, 18’, 2020, Livre
Uma longa e cruel tempestade se aproxima. Ela sumiu. Em busca de pistas do Paradeiro dela, com a perspectiva de quem acaba de descobrir o mundo, Madu observa atentamente a cidade e suas relações de poder.
“Os Últimos Românticos do Mundo”, de Henrique Arruda, 23′, 2020, 14 anos
2050. O mundo como conhecemos está prestes a ser extinto por uma misteriosa nuvem rosa. Distantes do caos urbano, Pedro e Miguel buscam apenas a eternidade.
“Claudia e o Crocodilo”, de Raquel Piantino, 11′, 2019, Livre
Claudia vive em um sossegado bairro com seu animal de estimação, Max, o crocodilo. Em seu cotidiano, Claudia divide seu tempo entre seu trabalho e seu lar, Max quando está sozinho em casa pode encontrar passagens para sair e interagir com a vizinhança.
RETROSPECTIVA
“Skull: A Máscara de Anhangá”, de Armando Fonseca e Kapel Furman, 90’, 2020, 10 anos
Após décadas desaparecido, um artefato místico conhecido como “A Máscara de Anhangá” ressurge na metrópole de São Paulo. A Máscara tem o imenso poder de encarnar uma entidade milenar. Manco Ramirez, o herdeiro responsável pela guarda do artefato, e a policial Beatriz Obdias são arrastados para dentro do rastro de sangue deixado pela Máscara em meio ao caos da cidade.
“O Estranho Caso de Ezequiel”, de Guto Parente, 63′, 2016, 14 anos
Após a morte de sua esposa, Ezequiel se tornou um homem triste e resignado em solidão. Até que um curioso fenômeno acontece e muda por completo a cor do seu destino.
“Loja de Répteis”, de Pedro Severien, 17’, 2014, 16 anos
A atmosfera decadente de um negócio frustrado. Aluisio é circunspecto e nebuloso. Cristina é obstinada e implacável. Eles renovam o pacto conjugal aceitando usar a violência e a opressão como instrumentos para se recriarem. O curta é uma adaptação do conto homônimo de Pedro Severien, publicado originalmente no livro “O homem que explodiu – bum!”.
“Sol Alegria”, de Tavinho Teixeira, 90’, 2018, (O filme será liberado às 12h do dia 15 e permanecerá na plataforma por 24 horas, ou seja, até às 12h do dia 16/05).
Acompanhe a história de uma excêntrica família que viaja em uma missão pelo Brasil, durante a ditadura, tentando salvar a humanidade da extinção.
“Inabitável”, de Matheus Farias, Enock Carvalho, 20′, 2020, 10 anos
Pouco antes da pandemia, o mundo experimenta um fenômeno nunca antes visto. Marilene procura por sua filha Roberta, uma mulher trans que está desaparecida. Enquanto corre contra o tempo, ela descobre uma esperança para o futuro.
“Histórias que Só Existem Quando Lembradas”, de Julia Murat, 90′, 2012, 10 anos
Jotuomba é uma cidade fictícia, ambientada no Vale do Paraíba, onde nos anos 30 grandes fazendas de café faliram e cidades antes ricas se tornaram quase fantasmas. Lá vive Madalena, a velha padeira, presa à memória de seu marido morto e enterrado no único cemitério da cidade, hoje trancado. Rita, uma jovem fotógrafa, chega à cidade e pouco a pouco modifica o cotidiano de Madalena e da vila.
“Morto Não Fala”, de Dennison Ramalho, 110’, 2019, 16 anos
Stênio é plantonista noturno no necrotério de uma grande e violenta cidade. Em suas madrugadas de trabalho, ele nunca está sozinho, pois possui um dom paranormal de comunicação com os mortos. Quando as confidências que ouve do além revelam segredos de sua própria vida, Stênio desencadeia uma maldição que traz perigo e morte para perto de si e de sua família.
“Girimunho”, de Helvecio Marins Jr. e Clarissa Campolina, 88′, 2012, 10 anos
No sertão mineiro, onde o tempo parece andar ao ritmo do rio, duas senhoras acompanham o girar do redemoinho. Bastú acaba de perder o marido Feliciano e sem choro busca abrigo nos sinais do dia a dia e em suas lembranças. Mas é na liberdade dos sonhos e nas novidades trazidas pelos netos que ela faz sua própria transformação. Maria carrega em seu tambor a alegria e força de seu povo. Seu batuque ecoa os sons de outros lugares e marca a presença daquilo que não pode morrer. Neste universo onde a tradição é surpreendida pela novidade e a realidade pela invenção, pequenos movimentos podem fantasiar o correr da vida.
“Erivaldo – O Astronauta Místico”, de Gurcius Gewdner, 6’, 2013, 12 anos
As viagens exploratórias do homem a Marte começaram em 1988. Rezam os factoides, que boa parte dos astronautas voltaram das viagens espaciais malucos ou com delírios místicos. Desde que mantido sigilo total, um grupo seleto de jornalistas espalhados pelo planeta ficaram a par destas excursões, entre eles alguns jornalistas do staff d’O GLOBO. Os relatórios dos astronautas são raros, mas constantes e entregues de duas formas: relatos em áudio e filmagens dos passeios a campo, estrelados pelo corajoso astronauta brasileiro Erivaldo Mattus. Com o desaparecimento misterioso de nosso herói alagoano, é chegada a hora de alguns destes relatos virem ao conhecimento do público, através dos infalíveis arquivos acumulados por Gurcius Gewdner.
“As Fábulas Negras”, de Rodrigo Aragão, Petter Baiestorf, Joel Caetano e José Mojica Marins, 92’, 2015, 16 anos
Um grupo de crianças embarca numa aventura macabra povoada com personagens do imaginário popular brasileiro – lobisomem, bruxa, fantasma, monstro e Saci. Com o encontro antológico entre quatro dos nomes mais importantes do terror nacional: Rodrigo Aragão, Petter Baiestorf, Joel Caetano e José Mojica Marins, o eterno Zé do Caixão.
“Encarnación del Tinhoso”, de Petter Baiestorf, 7’, 2009, 10 anos
Crente, ao ler uma bíblia, sente o poder de deus entrar em seu corpo, e luta contra o espírito santo na batalha santa da metalinguagem.
“O Desejo do Morto”, de Ramon Porto Mota, 33’, 2013, 16 anos
“A velhice não é uma batalha, é um massacre”.
“A Alegria”, de Felipe Bragança e Marina Meliande, 100′, 2010, 14 anos.
A Alegria é uma fábula sobre juventude e coragem. Conta a história de Luiza, menina de 16 anos, que não aguenta mais ouvir falar no fim do mundo… Em uma noite de Natal, seu primo João é baleado misteriosamente em uma rua na Baixada Fluminense e desaparece no meio da madrugada. Semanas depois, enquanto Luiza passa dias sozinha no apartamento onde vive com sua mãe no Rio de Janeiro, um misterioso visitante vem bater à sua porta: João, como um fantasma, pedindo para se esconder ali.
“Quintal”, de André Novais Oliveira, 20’, 2015,
Mais um dia na vida de um casal de idosos da periferia.
“Contos da Maré”, de Douglas Soares, 17’, 2013, Livre
Lendas urbanas, memórias de uma família e do local onde moram. Uma história de lobos, cobras e porcos para uma complexa Maré.
“Nua Por Dentro do Couro”, de Lucas Sá, 20’, 2014, 16 anos
Acompanhe a história de uma mulher que protege sua carne, mas o couro começa a cair.
“Estátua”, de Gabriela Almeida Amaral, 25’, 2014, 16 anos
A babá Isabel está no sexto mês de gestação e não pode esperar para ser mãe. Até conhecer Joana.
“Chico”, de Irmãos Carvalho, 23’, 2016, 12 anos
O ano é 2029. Treze anos depois de um golpe de Estado no Brasil, crianças pobres, negras e faveladas são marcadas em seu nascimento com uma tornozeleira e têm suas vidas rastreadas por pressupor-se que elas irão, mais cedo ou mais tarde, entrar para o crime. Chico é mais uma dessas crianças. No aniversário dele, é aprovada a lei de ressocialização preventiva, que autoriza a prisão desses menores. O clima de festa dará espaço a uma separação dolorosa entre Chico e sua mãe, Nazaré.
REALIZADORES FLUMINENSES
“O Prazer de Matar Insetos”, de Leonardo Martinelli, 10’, 2021, Livre
Em um futuro próximo, a crise climática atinge um ponto irreversível. Uma freira e um padre se encontram para conversar sobre o desaparecimento dos insetos.
“Chiclete”, de Philippe Noguchi, 8’, 2019, Livre
Irene é uma das exiladas de uma fantástica ilha povoada por jovens de curiosos hábitos alimentares, cuja única conexão com o mundo lá fora é um barco de suprimentos. Um evento inesperado coloca Irene no centro de uma estranha catarse coletiva no até então pacato mercadinho da vila.
“Conte sua História ou Entregue sua Alma”, de Andrea Avancini, 17′, 2020, Livre
De castigo em seu quarto por ter feito mil e uma travessuras em sua escola, Thomas – um menino metido a valentão – se depara com um misterioso livro deixado por sua irmã em seu quarto. Ao ler o nome do livro em voz alta, “Conte Sua História ou Entregue Sua Alma”, Thomas inicia uma jornada fantástica e apavorante que o fará refletir sobre a maneira desrespeitosa como trata amigos e colegas de colégio.
“Broto”, de Antonio Teicher, 20′, 2018, Livre
Uma doce secretária recém-contratada se maravilha com as plantas exuberantes que crescem do chão do escritório. Já para sua rígida colega de trabalho, nem tudo são flores.
“Egum”, de Yuri Costa, 23’, 2020, 14 anos
Após anos afastado devido à violenta morte do irmão, um renomado jornalista retorna para a casa de sua família para cuidar de sua mãe que sofre uma grave e desconhecida doença. Numa noite, o jornalista recebe a visita de dois estranhos, que têm negócios desconhecidos com seu pai. Esse encontro, juntamente com acontecimentos que o levam a desconfiar que algo sobrenatural se abateu sobre sua mãe, fazem-no temer uma nova tragédia.
“Cenas da Infância”, de Kimberly Palermo, 6’, 2021, 16 anos
Um pequeno camundongo vive uma infância tranquila. Ele come biscoitos caseiros, brinca com suas bonecas e ouve contos de fadas antes de dormir – até que uma noite de insônia o faz romper com seu mundo idílico.
“Nada de bom acontece depois dos 30”, de Lucas Vasconcelos, 12’, 2020, 12 anos
Um homem questiona a ideologia governamental em que as pessoas devem morrer ao completar 30 anos.
“Story.Telling”, de Fábio Brandão, 27′, 2020, 10 anos
Seria só mais um curta sobre dois roteiristas que se encontram para escrever um filme de terror. Mas é um plano sequência de 27 minutos que mistura comédia com terror, onde a história se conta ao vivo com inúmeras referências e muitas pizzas.
“A Incrível Aventura das Sonhadoras Crianças Contra Lixeira Furada e Capitão Sujeira”, de Beatriz Ohana, 15’, 2019, Livre
Quando o lixo só cresce e os adultos não dão conta do problema, João Pedro, Sophia e as crianças do QG dos Sonhadores entram em ação para derrotar os inimigos do bairro: O atrapalhado Lixeira Furada e seu comparsa, Capitão Sujeira. Uma aventura repleta de imaginação e fantasia, que apresenta o olhar de crianças sobre o lugar em que vivem.
O projeto, que conta com o patrocínio do Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc, também realizará lives, masterclass e sessões comentadas de alguns filmes no seu perfil no Instagram e Youtube.