Neste domingo, Willian Crain, diretor de cinema e televisão, completa 72 anos.
Crain foi um dos primeiros cineastas negros a obter sucesso comercial nos Estados Unidos. Graduado em Cinema pela Universidade da Califórnia, seu trabalho consistia em obras mainstream do gênero de terror. Em 1972, dirigiu “Blacula, O Vampiro Negro” (1972), embora ignorado pelos críticos, o longa se tornou um cult e lançou o ator William Marshall, que interpretou o personagem-título, ao estrelato. “Blacula” fez parte do movimento cinematográfico que ocorreu nos anos 1970, o Blaxploitation.
Embora não fosse um cinema de reflexão, como muitos almejavam na época, era um cinema repleto de clichês, comicidade, vingança e raiva, que com muita ironia jogava na cara da sociedade norte-americana a discriminação sofrida. Hoje, devido ao distanciamento histórico, é possível analisar melhor a contribuição e relevância do Blaxploitation para a indústria da sétima arte. Ele, indiretamente abriu portas e ficará na história por cumprir essa função.
O filme vampírico de 1972, apresenta a trama do sanguessuga que vai atrás da reencarnação da amada, mote que seria usado um ano depois no telefilme “Drácula – o Demônio das Trevas” de Richard Matheson e também na versão de Francis Ford Coppola, em 1992. Injustamente, o mérito da nova perspectiva da história ficou com Matheson.
A obra foi exibida pela Darkflix durante a Mostra Crash e ainda se encontra disponível na plataforma.