Um dos clássicos do movimento blaxploitation deve ganhar em breve um reboot produzido pela MGM e pela Hidden Empire Film Group.
Originalmente dirigido por William Crain e estrelado por William Marshall, o cult “Blacula, O Vampiro Negro”, lançado em 1972, apresenta a trama do sanguessuga que vai atrás da reencarnação da amada, mote que seria usado um ano depois no telefilme “Drácula – o Demônio das Trevas” de Richard Matheson e também na versão de Francis Ford Coppola, em 1992.
A nova versão se passará em uma metrópole pós-pandemia. De acordo com a divulgação do projeto, Blacula, um antigo príncipe africano amaldiçoado por Drácula após tentar colocar um fim ao tráfico de escravos, é aprisionado em uma tumba e acorda após 200 anos. O vampiro decide vingar a morte de seus ancestrais e punir os responsáveis pelo roubo do trabalho, da cultura e da herança do seu povo.
Deon Taylor (O Intruso) irá dirigir o projeto baseado no roteiro co-escrito com Micah Ranum. Roxanne Avent Taylor irá produzir o filme em nome da Hidden Empire Film Group. Segundo Taylor, “’Blacula’ é indiscutivelmente uma das franquias black de maior prestígio e importância para a cultura, pois gerou uma onda de filmes de terror blaxploitation, que mudou o jogo de como nosso povo era visto na grande tela”.
Vale lembrar que o termo Blaxploitation – junção das palavras black (“negro”) e explotaition (“exploração”) – foi cunhado por Junius Griffin, ex-produtor e ex-presidente do Los Angeles National Association of Colored People (NAACP). O movimento emergiu nos Estados Unidos no início da década de 1970 com o objetivo de chamar a atenção da indústria para a falta do protagonismo negro no cinema.
A data de lançamento do filme ainda não foi divulgada.