Sabemos que há muito mais por trás das grandes obras de terror do que apenas sustos e calafrios. Como qualquer outro segmento, a produção de um longa-metragem envolve muito trabalho e vem acompanhado de imprevistos, alterações, convivência, relacionamentos e ideias divergentes. Para aqueles que se interessam pelo o que acontece “nos bastidores” do horror, separamos algumas curiosidades que provavelmente você não saiba sobre as principais obras de horror da sétima arte. Dá só uma olhada.
1. Sissy Spacek dispensou duble para cena final de “Carrie, A Estranha”.
Na cena final da famosa adaptação da obra de Stephen King, Sue Snell, a enlutada colega de escola, visita o túmulo vandalizado de Carrie e é surpreendida quando a mão ensanguentada da protagonista sai da terra. Inicialmente, o diretor Brian De Palma decidiu usar uma dublê para as gravações, mas Sissy Spacek, atriz que interpretou Carrie, insistiu que precisava ser a sua mão e exigiu que fosse enterrada para a cena. Isso sim é comprometimento com a personagem!
2. O final de “Psicose” foi revelado meses antes do seu lançamento.
Apesar das tentativas fervorosas e admiráveis de Alfred Hitchcock em manter o seu precisoa projeto em segredo, tanto a revista americana Variety quanto a The Hollywood Reporter publicaram spoilers completos sobre a trama de “Psicose” meses antes do filme chegar aos cinemas. Quem vazou a trama? Ninguém sabe.
3. Stanley Kubrick teria datilografado todas as páginas com a frase “All work and no play makes Jack a dull boy. ”.
Reza a lenda que Kubrick datilografou as 500 páginas das folhas que aparecem em cena no filme “O Iluminado”, em que o personagem de Jack Nicholson tenta escrever um livro, mas tudo que consegue é repetir a frase “All work and no play makes Jack a dull boy. ”. Kubrick não era responsável pela tarefa, mas possuía uma máquina de escrever com memória embutida (o que facilitaria as coisas). Entretanto, algumas páginas contêm diferentes layouts e erros. Integrantes da equipe acreditam que tais detalhes eram algo característico do diretor. Infelizmente, nunca saberemos – Kubrick nunca abordou essa questão antes de morrer.
4. Wes Craven lamentou deixar indícios de uma sequência em “A Hora do Pesadelo”.
Craven se opôs veementemente a qualquer tipo de teaser que indicasse uma sequência nas cenas finais de “A Hora do Pesadelo”, mas por insistência de Bob Shaye, o chefão da New Line, ele foi obrigado a ceder. Em entrevista ao Vulture, o diretor contou que chegou a um acordo com Bob para que o vilão não saísse triunfante no final da história, mas mesmo assim continuou descontente. “Lamento ter mudado o final? Sim, porque é a única parte do filme que não sou eu. ”, afirmou.
5. Bruce Campbell recebeu US$ 93.000 em “Uma Noite Alucinante 2”.
Para ilustrar a situação do atormentado trabalhador, certa vez Bruce Campbell forneceu uma análise sobre seus ganhos pela sequência de “Uma Noite Alucinante”, lançado em 1992. Embora tenha recebido um salário de US$ 500.000, os custos com agentes, funcionários, impostos de renda e uma ex-esposa, o deixou com o restante de cerca de 93 mil dólares. O filme levou dois anos para ser concluído, o que significa que seu lucro líquido por interpretar Ash, ícone do terror, foi menos de 50 mil dólares por ano. Que dó!
6. O personagem Damien teria um nome diferente em “A Profecia”.
Inicialmente, o roteirista David Seltzer planejou nomear o anticristo de “A Profecia” como Domlin em “homenagem” ao filho de um amigo, uma criança mimada e desagradável. Felizmente, a esposa o convenceu que não seria uma boa ideia. Ele acabou escolhendo Damien em referência ao Padre Damien, fundador da primeira colônia de leprosos nas ilhas havaianas.
7. “O Brinquedo Assassino” foi inspirado em uma história real… what?
Em 1909, o pintor e escritor Robert Eugene Otto afirmou que um dos empregados de sua família havia lançado uma maldição vodu em seu brinquedo de infância: Robert. Supostamente, o boneco se movia misteriosamente de um cômodo para outro, derrubava objetos e conversava com Otto. O brinquedo foi deixado no sótão da casa até a morte de Otto, em 1974. Quando novos proprietários se mudaram para a antiga casa, afirmaram que atividades estranhas ligadas ao boneco aconteciam na residência. Atualmente, Robert está exposto no Museu East Martello em Key West, na Flórida, onde funcionários também relatam ocorrências estranhas.
8. O serial killer Ed Gein inspirou três grandes filmes de terror.
Você provavelmente já ouviu falar de Ed Gein. Sua casa de horrores ganhou as manchetes por anos depois que ele foi enviado a um hospital psiquiátrico por seus crimes. Eles foram tão memoráveis, que inspirou alguns dos thrillers mais icônicos de todos os tempos: “Psicose”, “O Silêncio dos Inocentes” e “O Massacre da Serra Elétrica”. Entre os itens descobertos em sua fazenda, em Plainfield, Wisconsin, estavam quatro narizes, nove máscaras feitas de pele humana, várias cabeças decapitadas, abajures e tigelas feitas de pele, lábios sendo usados para puxar a cortina de janela e um cinto feito de mamilos. Mais tarde, Gein admitiu ter cometido apenas dois assassinatos e disse que a maioria dos “itens” eram oriundos de cadáveres frescos enterrados em cemitérios da região.
9. Em 2015, George A. Romero encontrou nove minutos de gravações extras de “A Noite dos Mortos-Vivos”.
Enquanto estava em Maryland participando do Monster Mania Com, evento realizado em 2015, o diretor revelou que havia encontrado um rolo de filme de 16 mm do longa “A Noite dos Mortos-Vivos”. O material continha aproximadamente nove minutos de filmagens, que ele acreditava terem se perdido durante a edição da obra, incluindo “a maior cena de zumbi do filme”.
10. Roman Polanski e John Cassavetes tinham diferentes ideias para “O Bebê de Rosemary”.
Em sua autobiografia “O Que Fica pelo Caminho É para Sempre”, publicada em 1997, a atriz Mia Farrow revelou a relação tensa entre Roman Polanski e sua co-estrela em “O Bebê de Rosemary”. Segundo ela, na cena culminante do filme, o ator John Cassavetes teria criticado abertamente Roman, que indignado gritou: “John, cale a boca! ”. Ambos se exaltaram e por pouco não entraram em conflito físico. Aparentemente, foi Ruth Gordon e seu “profissionalismo consumado” que acalmou a situação.
11. Brian De Palma não conseguia ver Sissy Spacek no papel de Carrie.
Embora Brian De Palma fosse fã do trabalho de Sissy Spacek, ele estava convencido de que já havia encontrado sua Carrie. Ele só permitiu que Spacek fizesse o teste em consideração ao marido dela, Jack Fisk, o diretor de arte do filme. “Ele me disse que, se eu quisesse, poderia tentar o papel de Carrie White”, contou Spacek à Rolling Stone. Para o teste, a atriz usou um vestido velho da época de escola e penteou o cabelo para trás com vaselina. O resto é história. Ela ganhou o papel.
12. Fay Wray acreditou que contracenaria com Cary Grant em “King Kong”.
Em uma tentativa de atrair a atriz Fay Wray para o seu filme “King Kong” (1933), o diretor Merian C. Cooper prometeu: “Você vai ter o protagonista mais alto e sombrio de Hollywood”. Wray acreditou que o cineasta se referia à Cary Grant, galã do cinema. Mas para sua decepção, Cooper se referia ao gorila gigante, o protagonista mais alto e sombrio da sétima arte.
13. Conde Orlock pisca apenas uma vez em “Nosferatu”.
O ator Max Schreck se tornou conhecido por interpretar Conde Orlock, o vampiro do clássico filme “Nosferatu” de F.W. Murnau. Curiosamente, durante todo tempo que teve em tela, cerca de nove minutos, Schreck piscou apenas uma única vez, em uma passagem próxima ao fim do primeiro ato.