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Hospitais, vírus e experiências obscuras: 15 obras que passeiam por este universo assustador

Da próxima vez que você se queixar de um resfriado, lembre-se, há coisas piores, principalmente para os personagens de filmes de terror. De hospitais assombrados por entidades malignas, médicos loucos e vírus mortais, a lista de filmes que passeiam pela temática é longa e assustadora. Sim, é tudo abstrato, a trama dura cerca de 100 minutos, o horror acaba e voltamos à realidade (E QUE REALIDADE, NÃO É MESMO?).

Ainda assim, podemos afirmar que assistir obras de horror ou com temática apocalíptica faz bem para a mente. Não acredita? Pois uma pesquisa recente revelou que os fãs do gênero lidam melhor com situações de crise, incluindo a pandemia do COVID-19, já falamos sobre isso aqui.

Desta forma, pensando unicamente no seu bem-estar, selecionamos 15 obras para você explorar as histórias imaginadas envolvendo o tema proposto. Todos os títulos podem ser encontrados no streaming Darkflix. Você tem coragem?

 

RE-ANIMATOR, A HORA DOS MORTOS (1985)

Um filme para te deixar com medo de qualquer jaleco branco. “Re-Animator, A Hora dos Mortos” é considerado uma das melhores adaptações da obra de H.P. Lovecraft, este grande clássico do gênero terrir (terror e humor) sobreviveu ao teste do tempo e gerou continuações: “A Noiva do Re-Animator” e “Re-Animator: Fase Terminal”.

Sob a direção de Stuart Gordon, a trama se passa na Nova Inglaterra, especificamente na Universidade Miskatonic. Somos apresentados ao promissor estudante de medicina Dan Cain, sua namorada Megan Halsey e o ambicioso Dr. Carl Hill, um homem obcecado por Megan. O ambiente, relativamente tranquilo, muda com a chegada de Herbert West, um novo estudante que se hospeda na casa de Dan e dá início a experiências de reanimação de cadáveres.

 

HELLRAISER II – RENASCIDO DAS TREVAS (1988)

Esta é a sequência de um dos filmes mais importantes do terror dos anos 1980: “Hellraiser – Renascido do Inferno” (1987), dirigido e roteirizado pelo criador da história, Clive Barker. Nesta continuação, o diretor Tony Randell ficou responsável pela película, contando com Barker na produção.

Em Hellraiser II, o enredo complementa os acontecimentos do longa anterior e a maior parte da história se passa no inferno, a presença dos cenobitas também ganhou mais espaço, revelando várias peças que permite o espectador compreender melhor o universo da franquia. Na trama, Kristy está internada em um hospital psiquiátrico comandado pelo Dr. Channard, um ávido estudioso do mundo infernal que a jovem conheceu. Para entender a fundo a experiência da paciente, o médico pretende abrir o portal do inferno novamente.

 

OS OLHOS SEM ROSTO (1960)

Após causar o acidente que deixou sua filha Christiane gravemente desfigurada, o brilhante cirurgião Dr. Génessier trabalha incansavelmente para dar à menina um novo rosto. Entretanto, para concluir o seu plano ele sequestra mulheres jovens com a ajuda de sua assistente. O seu mundo começa a desmoronar quando Christiane percebe exatamente o que ele está fazendo e decide resolver o problema por conta própria.  O longa foi dirigido por Georges Franju e estrelado por Pierre Brasseur, Alida Valli e pela expressiva Edith Scob.

 

MARY MÓRBIDA (2012)

Se você tem pressão baixa, deixe o saleiro à mão. Em “American Mary”, terror canadense das diretoras Jen e Sylvia Soska, mergulhamos no universo das modificações corporais extremas. Mary (Katharine Isabelle) é uma promissora estudante de medicina, mas passa por problemas financeiros. Para reverter a situação, decide tentar a sorte como stripper. Durante uma emergência no local, o dono da boate oferece 5.000 dólares a estudante, para que ela realize uma cirurgia em um homem. Em pouco tempo, a jovem passa a receber estranhas propostas para realizar operações ilegais, na maioria envolvendo modificações corporais. Mary se vê obrigada a largar a faculdade após uma situação abusiva e mergulha de vez em um universo bizarro e excêntrico.

 

HOSPITAL MASSACRE (1981)

“Hospital Massacre” possui uma premissa interessante e um suspense muito bem trabalhado. Com mortes misteriosas e sangrentas, o filme passeia pelo genêro slasher e giallo italiano enquanto conta uma história que se passa dentro de um hospital. A bela Susan Jeremy, vivida por Barbi Bentos (seu papel de estreia), vai até o Hospital de Los Angeles para realizar um exame de rotina, porém seus resultados são alterados e ela fica reclusa contra sua vontade no oitavo andar do prédio. Pessoas que se aproximam da paciente começam a ser assassinadas. Resta saber quem é o responsável pelas mortes, seria alguém do passado de Susan?

 

A EPIDEMIA (2010)

Agora o assunto é armas biológicas e a contaminação por um vírus desconhecido. Uma pequena cidade rural do Estado de Iowa, nos Estados Unidos é infectada por uma estranha epidemia. A doença causa ataques de fúria incontrolável nos contaminados. Rapidamente o exército isola a cidade, mas com a proliferação do vírus decidem tomar uma atitude mais drástica. A médica Judy e seu esposo, o xerife David Dutten, logo percebam que há algo errado e decidem fugir do exército e dos infectados antes que a cidade seja exterminada. Uma ótima forma de comparar as distintas direções. “A Epidemia” é uma refilmagem de “O Exército do Extermínio”, de 1973, obra dirigida pelo saudoso George A. Romero (também disponível na Darkflix).

 

A SEITA MALIGNA (2016)

Daniel Carter é o xerife uma pequena cidade do interior cujas rondas noturnas são sempre tranquilas. Sua rotina muda quando ele encontra um homem ferido e ensanguentado em uma estrada deserta. Ele o leva para ser atendido no único hospital do condado de Marsh, mas o lugar é cercado por figuras misteriosas e Daniel descobre que o hospital esconde alguns segredos horripilantes. “A Seita Maligna” é o segundo filme da dupla Jeremy Gillespie e Steven Kostanski e foi realizado no Canadá através de uma campanha de financiamento coletivo. A obra faz referências aos clássicos “Príncipe das Sombras”, “Enigma do Outro Mundo, “A Noite dos Mortos-Vivos”, “Hellraiser” e “Do Além”.

 

OS FILHOS DO MEDO (1979)

Em “Os Filhos do Medo”, Frank Carveth inicia uma investigação amadora no centro de reabilitação no qual sua esposa está internada. Sua desconfiança sobre os métodos controversos utilizados pelo Dr. Hal Raglan começa quando percebe que a terapia está causando lesões, não apenas em sua esposa, mas na filha do casal. Tudo piora quando uma série de assassinatos cometidos por crianças parecem estar envolvidos com o tratamento experimental de Raglan, batizado de “psicoplasmação”, método que consiste em isolar os medos dos pacientes em seus próprios corpos. A obra faz parte da filmografia do canadense David Cronenberg, diretor conhecido pela imprensa e pelo público como o Barão do sangue por dominar o gênero do terror como poucos. Seus primeiros longas-metragens já flertavam com o estilo que o consagrou, a exploração das relações entre corpo, imagem e tecnologia com referências explícitas visuais à degradação do físico e da carne, utilizando com metáforas que abordam questões humanas e sociais relevantes, como é o caso de “Os Filhos do Medo”.

 

AS UVAS DA MORTE (1978)

O que seria desta lista sem um filme sobre um vírus que transforma pessoas em zumbis, aliás temos vários. “As Uvas da Morte”, é uma bela surpresa do diretor francês Jean Rollin, que aborda o tema zumbi no melhor estilo splatter, com muito sangue, violência e nudez. O filme é reconhecidamente a primeira produção deste subgênero na França.

Rollin não se deixou influenciar pelo cinema americano e utilizou as paisagens e cenários franceses – com ótimo senso fotográfico – para compor um longa artisticamente belíssimo. O filme foi gravado na região montanhosa de Les Saivennes, área rural do interior da França com construções centenárias.

Na história acompanhamos a jovem Elisabeth rumo à vinícola onde trabalha seu noivo Michael, lá descobre que um pesticida experimental utilizado nas videiras está transformando as pessoas em zumbis assassinos. A diferença deste filme é que os zumbis possuem consciência do que estão fazendo, mas não conseguem evitar seu instinto assassino. Uma narrativa original, para dizer o mínimo. Estreia dia 15, quarta-feira.

 

CALAFRIOS (1975)

Em sua primeira incursão em um longa-metragem, o diretor canadense David Cronenberg, decidiu explorar o sexo e a psicose humana como o mote de “Calafrios”. Trata-se de uma obra extremamente sangrenta e sexualizada. Na trama, os moradores de um complexo de apartamentos aos poucos são infectados por parasitas geneticamente modificados por um médico louco, transformando-os em maníacos sexuais violentos e assassinos. O filme é repleto de momentos “boca a boca”, há inclusive uma cena onde pai e filha se beijam calorosamente, além dos carinhos labiais entre a bela atriz Barbara Steele e sua colega do condomínio. Porém, a cena mais emblemática envolve o herói da história, Roger. Ele se encontra em uma piscina, imobilizado por pessoas contaminadas, para que a sua “crush”, recentemente infectada, possa transmitir o parasita através de um beijo melodramático em câmera lenta.

 

ESPINHOS (2008)

O que pode dar errado quando um jovem casal decide acampar em um local remoto? Bom, nada se eles perceberem que a ideia não é tão boa e decidirem ir para um hotel. Mas em um filme de terror o enredo não é tão simples e apesar de desistirem do acampamento, novos empecilhos surgem pelo caminho, literalmente. Na estrada o casal é sequestrado por um foragido da polícia e sua namorada, porém o pior ainda está por vir, em um posto de gasolina o quarteto é atacado por um destrutivo parasita que transforma suas vítimas em hospedeiros letais.

Com direção de Toby Wilkins, o destaque do filme fica por conta dos efeitos especiais e da elaboração da criatura parasita, uma mistura de partes de corpos e espinhos. O longa ganhou como melhor filme, melhor direção, edição, efeitos visuais e maquiagem no Screamfest Film Horror Festival, realizado em Los Angeles em 2008 e recebeu inúmeras críticas favoráveis.

 

NA HORA DA ZONA MORTA (1983)

Terceiro filme da lista dirigido por David Cronenberg. O cineasta conta a história de Johnny Smith, um professor de literatura que estava prestes a se casar quando sofre um acidente de carro que lhe deixa em coma em um hospital por cinco anos. Após recobrar a consciência descobre que desenvolveu poderes psíquicos. Capaz de prever o futuro, Smith tem a possibilidade de mudar o curso de alguns acontecimentos. O longa é estrelado por Christopher Walken, Martin Sheen e Brooke Adams.

 

DEMONS – FILHOS DAS TREVAS (1985)

Mais uma obra memorável de Lamberto Bava: “Demons – Filhos das Trevas”. O longa é um clássico do gênero splatter e um dos mais famosos filmes de terror italiano, esbanjando força, criatividade e intensidade. O excelente roteiro foi escrito pelos renomados Bava, Dario Argento, Franco Ferrini e Dardano Sacchetti. Na trama, Cheryl é convidada por um estranho para a reinauguração de um velho cinema, o Metropol. Ela convence sua amiga Kathy a lhe acompanhar até o local, onde um grupo aleatório de pessoas já aguardam pelo início da sessão. Quando já estão dentro do teatro algo estranho começa a acontecer e um pesadelo sangrento tem início, um vírus sobrenatural contamina as pessoas, transformando-as em demônios famintos por carne fresca.

 

O DIA DOS MORTOS (1985)

Os zumbis atacam novamente!

“O Dia dos Mortos” é o último filme da então trilogia de zumbis do diretor George A. Romero composta por “A Noite dos Mortos-Vivos” (1968) e “Despertar dos Mortos” (1978). O longa mantém muitos elementos de seus antecessores e apresenta um enredo que se passa alguns meses depois do segundo filme. O mundo encontra-se devastado e o número de mortos-vivos superam em milhões os de humanos. Em uma base na Flórida, cientistas e militares tentam descobrir as causas da contaminação para evitar a reanimação dos corpos, enquanto o Dr. Logan acredita que os zumbis podem ser treinados e socializados. Ele comprova a sua teoria ao apresentar o comportamento de Bub, um ex-militar que se transformou em morto-vivo, mas ainda é capaz de reconhecer ordens. Com um final repleto de violência gráfica, o longa ficou eternamente gravado na memória dos fãs do horror.

 

KINGDOM HOSPITAL (2004) – SÉRIE

“Kingdom Hospital” é baseada na minissérie dinamarquesa “The Kingdom” de Lars Von Trier. E embora não seja inspirada em uma obra de Stephen King, como se acredita, todo o seu universo assustador nos remete à visão do escritor que assinou produção executiva da série de 13 episódios.

A trama é sobre um hospital construído no local que anteriormente alojava uma fábrica de uniformes militares, durante a Guerra Civil Americana. O prédio passou por dois incêndios devastadores. O primeiro aconteceu ainda durante a Guerra de Secessão e matou as crianças que trabalhavam no local em regime escravo. O segundo destruiu o antigo Hospital Kingdom, onde um médico inescrupuloso realizava experimentos terríveis em pacientes.

 

 

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