José Mojica Marins, nosso eterno o Zé do Caixão, completaria 86 anos hoje.
O pai do cinema de terror nacional dirigiu 43 produções e atuou em 64. Foi na década de 1950 que seu interesse pelo cinema de terror teve início e aos 17 anos, criou a Companhia Cinematográfica Atlas. O primeiro longa-metragem amador realizado pela produtora foi “A Sina do Aventureiro”, de 1958.
A popularidade chegou em 1964, quando Mojica ficou conhecido pelo apelido Zé do Caixão, personagem do filme “À Meia-noite Levarei sua Alma”. Segundo o cineasta, o sádico agente funerário com roupas pretas, cartola e unhas longas, surgiu durante um pesadelo, em que ele era arrastado pelo tal homem até uma cova. O personagem apareceu novamente nos filmes “Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver” (1967), “O Estranho Mundo de Zé do Caixão” (1968) e “Encarnação do Demônio” (2008), longa vencedor de 12 prêmios de cinema nacional, além do Prêmio do Júri Carnet Jove do Sitges no Festival Internacional de Cinema da Catalunha. O diretor alcançou o reconhecimento internacional, inclusive nos Estados Unidos, onde ganhou a alcunha de Coffin Joe.
Em 2016, Tim Burton, diretor norte-americano responsável pelos sucessos “Edward Mãos de Tesoura”, “O Estranho Mundo de Jack”, “Alice no País das Maravilhas”, entre outros, classificou o cineasta como “a maior descoberta do gênero na década de 90”.
José Mojica faleceu em fevereiro de 2020, devido a uma broncopneumonia, ele estava com 83 anos.