“Ser mãe é padecer no paraíso”, já diz o ditado popular, mas as personagens dos filmes abaixo levaram essa frase a outro patamar, mostrando que em alguns casos, a maternidade pode ser permeada de horror, causando o caos aos que estão a sua volta.
O tema não é novidade no cinema e já foi abordado sob diferentes pontos de vista, o da mãe, do companheiro, dos filhos e outros envolvidos na trama. O retrato da progenitora também muda, apresentando, ora personagens cruéis, vingativas, ausentes, ora bondosas, guerreiras, amorosas e protetoras. Mas uma coisa é certa, todas têm um papel decisivo no horror das tramas abaixo. Prepara a pipoca e vem com a gente, se tiver coragem!
Norma Bates de “Psicose” (1960)
Categoria: A melhor amiga do filho
Em “Psicose”, obra icônica de Alfred Hitchcock, o público não possui uma ideia clara da relação entre Norman e sua mãe Norma, sabemos apenas que ele a venera. Protagonizado por Anthony Perkins e Janey Leigh, o filme acompanha Marion Crane, uma mulher que rouba 40 mil dólares de seu chefe e foge para encontrar o amante. À noite, durante a fuga, ela se perde e acaba encontrando o isolado Bates Motel, onde decide se hospedar. O local é gerenciado por Norman Bates, um homem misterioso que vive à sombra da mãe superprotetora, presente mesmo após a morte.
Shideh de “Sob a Sombra” (2016)
Categoria: A mãe protetora
“Sob a Sombra”, filme que ganhou destaque no Festival de Sundance de 2016, é um terror reflexivo em que o horror de uma guerra pode ser mais angustiante e assustador do que uma entidade sobrenatural. O longa se passa em 1988, na cidade de Teerã, durante a guerra entre Irã e Iraque. Shideh e sua filha Dorsa vivem dentro de seu apartamento com medo dos ataques frequentes que acometem a cidade. Seu marido é médico e é convocado para atender os feridos nas batalhas. Sozinhas, elas enfrentam o medo constante dos bombardeios e da possibilidade do prédio onde moram estar sendo assombrado por um Djinn. Em meio ao caos e o desespero, Shideh faz de tudo para proteger sua filha.
Nola Carveth de “Os Filhos do Medo” (1979)
Categoria: Aquela com um passado familiar conturbado
A infância de Nola não foi um mar de rosas e gerou traumas levados para sua vida adulta. No filme, Frank Carveth inicia uma investigação no centro de reabilitação no qual sua esposa (Nola) está internada. Sua desconfiança sobre os métodos controversos utilizados pelo Dr. Hal Raglan começa quando percebe que a terapia está causando lesões, não apenas em sua esposa, mas na filha do casal. Tudo piora quando uma série de assassinatos cometidos por crianças parecem estar envolvidos com o tratamento experimental de Raglan, batizado de “psicoplasmação”, método que consiste em isolar os medos dos pacientes em seus próprios corpos. Em meio ao tratamento misterioso, Nola encontra outros filhos, todos extremamente devotos a ela.
Peyton Flanders de “A Mão que Balança o Berço” (1992)
Categoria: A mãe injustiçada
Peyton Flanders é, sem dúvida, uma das vilãs mais memoráveis dos anos 90. Em “A Mão que Balança o Berço”, Claire e Michael Bartel tem dificuldades para encontrar a babá ideal, até que conhecem Flanders, uma mulher inteligente, encantadora e dedicada que logo é contratada para cuidar dos filhos do casal. Eles acreditam que seus problemas chegaram ao fim, mas com o decorrer do tempo percebem que a babá se comporta de maneira estranha e perturbadora. Os níveis de maldade de Peyton se desdobram gradativamente durante o filme mantendo o clima de tensão constante.
A Mãe de “Stephanie” (2017)
Categoria: Aquela que abanou a filha
Produzido pela prestigiada Blumhouse e dirigido por Akiva Goldsman, “Stephanie” aposta no tema sobrenatural, mas foge do enredo habitual, prendendo a atenção do espectador através de uma atmosfera sombria e misteriosa. Na trama, acompanhamos a menina que dá nome ao longa, uma garota que está sozinha em casa e passa a maior parte do tempo dentro dela. Logo, descobrimos que ela foi abandonada pela mãe e pelo pai durante um evento catastrófico global. Após vários dias, seus genitores retornam e tentam retomar a rotina, mas as coisas não voltam a ser como antes. Algo sombrio parece ter dominado Stephanie.
Wendy Torrance de “O Iluminado” (1980)
Categoria: Uma mãe aterrorizada
Na trama de “O Iluminado, Jack Torrance, um escritor em crise, aceita a proposta de hospedar-se com esposa Wendy e o filho pequeno, num hotel afastado para trabalhar como zelador durante um rigoroso inverno. Lá, ele terá todo o isolamento necessário para escrever um livro, seu grande objetivo. Mas, aos poucos, o Jack enlouquece e passa a perseguir o pequeno Danny e a jovem esposa. Wendy precisa lutar contra o companheiro e os espíritos que querem matar ela e seu filho.
A estranha de “A Invasora” (2007)
Categoria: A mãe em luto
Com altas doses de violência, “A Invasora” conta a história de Sarah, uma mulher grávida que perdeu o marido recentemente em um acidente de carro. Deprimida e já no final da gestação, ela decide passar a véspera do Natal sozinha em sua casa. Durante a noite, uma mulher bate em sua porta pedindo por ajuda. Logo Sarah descobre que a misteriosa estanha sabe tudo sobre sua vida e não a deixará em paz até invadir sua casa e colocar em prática seu plano aterrador. Sarah precisará lutar com todas as forças para defender a própria vida e a de seu bebê.
Martha Thomas de “Acampamento Sinistro” (1983)
Categoria: Aquela que tomou a decisão errada
Os holofotes de “Acampamento Sinistro” não estão em Martha, mas o desenrolar da história, certamente é consequência de suas escolhas. Com toques de “Sexta-feira 13”, o filme abalou a cena do terror nos anos 1980 com um final inesperado. As mortes bizarras, o clima perturbador e o desfecho tornaram o filme inesquecível, tudo causado por uma mãe, digamos, irresponsável. Com uma reviravolta memorável, o longa abordou temas como estereótipos de gênero, homossexualidade e transfobia em uma época em que tais assuntos raramente eram tratados com seriedade e respeito.
Karen Barclay de “Brinquedo Assassino” (1988)
Categoria: A mãe trabalhadora
Karen é uma mulher que faz de tudo para garantir uma vida confortável e feliz ao seu filho Andy, isso inclui comprar um boneco que o filho pedia a muito tempo. O que ela não sabia é que o brinquedo estava possuído pelo espírito de um assassino. O garoto de seis anos logo descobre o segredo de Chucky, mas acaba sendo culpado por várias mortes, que na verdade foram causadas pelas pequenas mãos do brinquedo sinistro. Acreditando em seu filho, Karen luta bravamente para proteger Andy, mas acaba em um hospital psiquiátrico.
A Mãe de “Mamãe e Papai” (2008)
Categoria: A mãe psicopata
Dirigido e roteirizado pelo cineasta Steven Sheil, “Mamãe e Papai” se inspira nos temas tortura e famílias psicologicamente perturbadas para criar um terror gore angustiante. Na história, a jovem imigrante polonesa Lena, que trabalha como faxineira no aeroporto de Londres é convidada a passar a noite na casa de Birdie, sua colega de trabalho. Chegando lá, Lena é atacada e mantida refém pela mãe e demais familiares de sua amiga. A prisioneira percebe que a família não é tradicional e vai ter que enfrentar torturas físicas e psicológicas se quiser sobreviver dentro daquela casa.
Diane Freeling de “Poltergeist: O Fenômeno” (1982)
Categoria: O instinto de mãe não falha
No início de” Poltergeist: O Fenômeno”, Diane logo percebe que algo está errado com sua noca residência. O longa mostra o cotidiano de uma típica família americana em sua nova casa, um condomínio construído pela empresa em que o pai trabalha. Logo após se estabelecerem, estranhos eventos ocorrem na residência e a filha mais nova do casal, Carol Anne, passa a interagir com vozes que saem da televisão. A mãe descolada e protetora faz de tudo para encontrar uma maneira de salvar sua filha da presença maligna que a atormenta.
Donna Trenton de “Cujo” (1983)
Categoria: Aquela que luta com garras e dentes
“Cujo”, uma das primeiras obras de King a ser adaptada para o cinema, conta a história de um enorme cão da raça São Bernardo chamado Cujo. O cachorro é o animal de estimação do pequeno Brett, que vive com a família em um sítio no interior de uma pequena cidade dos Estados Unidos. Certo dia, ao perseguir um coelho, o cão entra em uma caverna e é mordido por um morcego. Em pouco tempo, o dócil cachorro se transforma em uma fera ameaçadora. Brett e sua mãe acabam se tornando prisioneiros dentro do carro da família quando a fera tenta incessantemente atacá-los. O veículo está quebrado e o calor é escaldante, resta saber como a dupla conseguirá se salvar. Donna não mede esforços para proteger sua cria contra o cão raivoso.
Rosemary Woodhouse de “O Bebê de Rosemary” (1968)
Categoria: A Mãe amaldiçoada
Em “O Bebê de Rosemary” acompanhamos Rosemary e Guy, um jovem casal em busca de um lar para iniciar a vida. Eles se mudam para um apartamento em Nova York e lá são recebidos calorosamente por seus peculiares vizinhos. Pouco tempo depois, a jovem engravida e lentamente passa a ter estranhas alucinações e pesadelos. Rosemary começa a suspeitar que seu marido e os prestativos vizinhos estejam envolvidos com magia negra e que sua gravidez pode ser o centro de uma trama maligna. Certamente, uma descoberta difícil para a mamãe.
Chris Mcneil de “O Exorcista” (1973)
Categoria: A mãe que luta até contra o demônio
Sabemos que a inocente Regan não teve culpa de ter sido possuída por uma entidade demoníaca, mas a partir do momento que Pazuzu toma o seu corpo, a doce menina desaparece. Seu rosto transfigurado e seu comportamento aterrorizante ficou na memória de todos os que assistiram ao filme. Sua mãe recorre à psiquiatria, mas logo percebe que somente forças dividas salvarão sua filha e recorre ao exorcismo para livrar a menina do mal.
Pamela Voohees de “Sexta-Feira 13” (1980)
Categoria: Eu ouvi vingança macabra?
Todos que assistiram ao filme “Sexta-feira 13” sabem que é a Sra. Voorhees, e não Jason, a verdadeira assassina no filme de terror dos anos 80. E é compreensível que a mãe de Jason queira se vingar dos instrutores irresponsáveis do acampamento que falharam em proteger seu filho, deixando que ele morresse. O único problema é que os instrutores que ela mata brutalmente, um por um, não têm nada a ver com a morte dele, mas isso não impede que a matança continue, inclusive pelas mãos de seu amado filho que dá início à terrível lenda que envolve o Acampamento de Crystal Lake.
Margaret White de “Carrie, A Estranha” (1976)
Categoria: Protetora fanática
Margaret White está no hall da fama das mães perturbadas e abusadoras. A personagem é uma fanática religiosa que controla e castiga a filha constantemente por acreditar que tudo que ela faz é pecaminoso. Quando Margaret percebe que não consegue mais controlar Carrie, decide colocar um fim na vida da adolescente. Na história, além de ser atormentada pela mãe, a tpimida jovem, também sofre bullying dos colegas da escola. Aos poucos, ela descobre estranhos poderes e em um momento de fúria, decide usá-los.
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