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7 histórias de crimes reais tão aterrorizantes quanto os filmes de horror

O ser humano sempre foi apaixonado por histórias. Desde a idade média, a tradição oral existia para perpetuar fatos, acontecimentos, contos e transmitir ensinamentos. Histórias mitológicas sobre divindades e criaturas, não apenas tentavam explicar o inexplicável, mas também entretinham, tornando-se parte do tecido cultural que compõe a humanidade. O que seriamos sem história?

E o que seriamos sem um pouco de emoção? Nos últimos anos, observa-se o interesse crescente por casos reais estranhos e absurdos, os populares true crimes, ou crimes reais. Há uma curiosidade quase mórbida em examinar detalhadamente atrocidades vivenciadas por outras pessoas. Esse tipo de conteúdo sempre chamou atenção das pessoas, a tecnologia recente apenas facilitou o acesso a eles. E de uma forma ou outra as histórias, sejam criminais ou não, geram empatia, emoção, discussões e alertas necessários.

Pensando nisso, selecionamos 7 histórias reais tão – ou mais – aterrorizantes do que um roteiro de filme de horror. Você tem coragem?

 

A tragédia no metrô Moorgate

Quarenta e três pessoas perderam a vida no acidente mais fatal já ocorrido no metrô de Londres. Na manhã de 28 de fevereiro de 1975, um trem com 300 passageiros se aproximou da estação Moorgate, mas não parou. Ele estava viajando a uma velocidade média de 60 quilômetros por hora sob o controle do maquinista Leslie Newson, na época com 56 anos de idade.

Às 8h46, o trem de seis vagões colidiu com a parede de concreto no final do túnel. Uma investigação posterior revelou que os freios não haviam sido acionados e Newson, na frente do trem, não fez nenhum movimento para impedir a colisão. Testemunhas afirmaram que o maquinista estava com o boné na cabeça e o olhar fixo à frente. Alguns alegaram que as suas expressões demonstravam tranquilidade.

Os dois primeiros vagões – e a maior parte do terceiro – foram esmagados com o impacto. Enquanto bombeiros e outros socorristas se aprofundavam no túnel em busca de sobreviventes presos nos escombros, Don Pye, fotógrafo do corpo de bombeiros de Londres, capturou imagens de uma cena aterradora: em uma porta havia uma fileira de homens, alguns ainda com suas pastas, parados em pé aguardando para desembarcar na estação, porém todos mortos.

Equipes de emergência passaram seis dias procurando sobreviventes. Posteriormente, uma autopsia revelou que não houve nenhum problema de saúde que pudesse justificar o ato de Newaon, também não havia rastro de drogas ou álcool em seu sangue, ou qualquer dano por bebida em seu fígado. Os relatórios dos testes realizados nos trens também não acusaram nenhuma anormalidade mecânica.

 

O enforcamento de Timothy Evans

Um caso, entre tantos, que ilustra erros do sistema judicial. O jovem Timothy Evans foi enforcado em 1950 após ser condenado pelo assassinato de sua esposa Beryl Thorley e sua filha Geraldine. Porém, a verdade sobre o crime viria à tona anos mais tarde.

Quando os corpos de Beryl e Geraldine, de 14 meses, foram encontrados, a polícia concentrou sua investigação em Evans, que sem evidências o incitou a confessar o crime. O jovem, que tinha um QI de 70, era praticamente analfabeto e sofria das sequelas de tuberculose, costumava beber com frequência e tinha um relacionamento turbulento com a mulher.

Durante o julgamento, Evans se declarou inocente, mas foi condenado à morte e enforcado em 9 de março de 1950. Anos mais tarde, o nome do verdadeiro assassino chegou ao público: John Christie, um veterano da Primeira Guerra Mundial que testemunhou contra Evans.

Eles moravam no mesmo prédio e em 1948 teria sido abordado por Beryl para a realização de um aborto. A jovem morreu durante o procedimento e o verdadeiro assassino teria matado a pequena Geraldine. A policio também descobriu os corpos de mais três mulheres em seu apartamento, escondidos atrás de uma parede da cozinha. Outros restos mortais foram encontrados no seu quintal, incluindo o da própria esposa do serial killer, que ficou conhecido como o estrangulador de Rillington Place. Christie foi preso, julgado e recebeu a mesma condenação que seu vizinho inocente, morreu pela forca em 1953.

 

El Padrino de Matamoros e seus sacrifícios

Nascido em 1962, Adolfo Constanzo passou de coroinha católico a líder de um culto ritualístico em meados da década de 1980. Com base em uma fazenda remota no México, Constanzo e seus seguidores realizavam rituais de sacrifícios para trazer boa sorte a traficantes e funcionários públicos corruptos.

Inicialmente, Constanzo sacrificava galinhas, cabras, cobras, zebras e até filhotes de leão. Não demorou para o grupo passar a utilizar ossos humanos roubados em cemitérios, porém o líder acreditava que os rituais de proteção só seriam poderosos se utilizassem vítimas vivas em seus sacrifícios. Estima-se que cerca de 100 pessoas, entre homens e mulheres, perderam suas vidas em tais cerimonias.

O caso só recebeu atenção em 1989, quando Mark Kilroy foi sequestrado por membros do culto em Matamoros, México. Kilroy era um estudante americano cujo desaparecimento levou à queda de Constanzo. As autoridades dos dois países ligaram Adolfo ao crime após invadirem seu rancho e descobrir os corpos mutilados de 15 pessoas, entre elas o de Kilroy. Também encontraram drogas, o que parecia ser um templo satânico, pornografia e uma câmara de tortura. Para evitar a prisão, o líder do culto obrigou um de seus seguidores a matá-lo, ele tinha 27 anos.

 

A mulher que esquartejou o marido

Em 2009, a jovem Elize Matsunaga realizou um sonho, deixou a prostituição para se casar e formar uma família com o empresário e herdeiro da empresa alimentícia Yoki, Marcos Matsunaga, com quem teve uma filha dois anos depois. Em 2012, Elize matou seu marido com um tiro na cabeça dentro do apartamento em que moravam. Para esconder o crime, ela decidiu esquartejar o corpo em sete pedaços, os colocou em sacos de lixo e os desovou numa mata de beira de estrada no município de Cotia, interior de São Paulo.

O crime chocou o país e se tornou um dos crimes de maior repercussão midiática na história recente do Brasil. Em maio deste ano, Elize entrou em liberdade condicional após pagar dez anos de pena pelo crime. Condenada a 19 anos, a assassina confessa acredita que o marido já a perdoou e o que ela mais deseja agora é rever a filha.

Além de participar de uma série sobre o caso, Elize também escreveu um livro para contar à filha sobre sua vida e por que matou Marcos Matsunaga. A autobiografia foi escrita à mão e recebeu o título de “Piquenique no Inferno”, nele ela retrata sua infância, os abusos que sofreu, inclusive de Matsunaga, e o seu julgamento.

Outro livro, escrito por Ullisses Campbell, foi publicado em 2021 com mais detalhes sobre o assassinato.

 

Os assassinatos misteriosos de Hinterkaifeck

O mistério de Hinterkaifeck envolve a morte inexplicável de seis pessoas em uma fazenda da Baviera, a 70 quilômetros de Munique, na Alemanha, em 1922. As vítimas eram os fazendeiros Andreas Gruber e sua esposa Cäzilia; a filha viúva deles Viktoria Gabriel e os dois filhos dela, Cäzilia e Josef; além da empregada Maria Baumgartner.

A ausência da família Gruber na Igreja e escola locais foram sentidas pelos moradores da região, preocupados com seu paradeiro, vizinhos e autoridades policiais adentraram a fazenda e se depararam com uma cena grotesca. Os corpos de Andreas, Cäzilia, Viktoria e Cäzilia (neta) foram encontrados no celeiro. Maria estava em seus aposentos na casa principal e Josef foi achado no berço, no quarto da mãe. Todos foram mortos com golpes de picareta, cerca de quatro dias antes de serem descobertos.

A primeira hipótese levantada pela polícia foi de latrocínio, mas ela acabou sendo descartada pois havia uma grande quantia de dinheiro na casa. Também ficou claro durante as investigações que o(s) assassino(s) permaneceu no local por alguns dias depois das mortes, pois o gado foi alimentado, e produtos da dispensa foram cozidos e consumidos.

Outros acontecimentos adicionaram mistério ao crime. Dias antes dos assassinatos, coisas estranhas começaram a acontecer aos redores da fazenda, a família ouviu passos vindos do sótão, mas não havia ninguém lá, encontraram pegadas na neve fresca que conduziam à floresta, chaves desapareceram e chegaram a perceber um homem de bigode observando a residência frequentemente. Isso gerou boatos sobre a fazenda ser assombrada.

A investigação levou as autoridades a vários suspeitos, desde um ladrão local que escapou de um hospital psiquiátrico até o vizinho mais próximo da família, mas todos foram descartados. O caso nunca foi solucionado.

 

Luz Vermelha, o bandido que assombrou São Paulo

João Acácio Pereira da Costa, popularmente conhecido como o Bandido da Luz Vermelha, causou pânico na capital paulista na década de 1960. O criminoso atuou por cerca de 5 anos sem ser capturado. Ele roubava residências de luxo na zona sul e agia de forma impetuosa diante das vítimas. Foi procurado por assaltos, homicídios, latrocínios e dezenas de suspeitas de estupro.

Luz Vermelha, que ganhou esse apelido por usar uma lanterna com facho de luz vermelha para intimidar os moradores das casas que invadia, foi preso em 1967 e condenado em 88 processos, sendo 77 roubos, quatro homicídios e sete tentativas de homicídios. Recebeu pena de 351 anos de reclusão – embora a legislação brasileira não permita que alguém fique preso por mais de 30 anos. Costa foi solto em 1997, mas não mudou sua índole. Foi morto em janeiro de 1998, aos 56 anos (4 meses após sair da prisão) pelo pescador Nelson Pisingher com um tiro na cabeça. Pisingher alegou defesa de seu irmão, Lírio, que foi ameaçado com uma faca pelo ex-detento.

 

O monstro de Amstetten

A pequena cidade de Amstetten, localizada a sudoeste da Baixa Áustria, seria o local de nascimento de uma das pessoas mais perversas que o mundo já viu: Josef Fritzl.

Quando Fritzl pediu que sua filha, Elisabeth o ajudasse com um reparo no porão da casa, a jovem não tinha ideia de que seu destino seria selado naquele local. Na época, ela tinha 18 anos e permaneceu aprisionada no porão pelos 24 anos seguintes. A princípio, ela foi acorrentada, mas seu pai removeu as correntes, pois elas atrapalhavam sua atividade sexual com a filha. Durante seu cativeiro, Elisabeth era deixada na escuridão total por vários dias e sofria constantes ameaças caso tentasse escapar. Durante os anos de confinamento e tortura, ela teve sete filhos com o Josef.

Em 2008, os crimes de Fritzl vieram à tona de forma inesperada. Kerstin, uma das crianças nascidas no porão e que já estava com 19 anos, adoeceu gravemente. Desesperada, Elisabeth implorou para que a filha fosse ao médico, e Josef, a contragosto, chamou uma ambulância para salvar a jovem.

No hospital, Kerstin foi interrogada, suas respostas levantaram suspeitas e a polícia foi chamada. Pressionado, Josef resolveu libertar sua filha. Ele foi preso e mais tarde se declarou culpado de estupro, incesto e cárcere privado. Ele também foi acusado de homicídio depois que as autoridades descobriram que uma das crianças que ele teve com Elisabeth havia morrido.

Em 2009, o monstro foi condenado à prisão perpetua. Em 2024, ele poderá se candidatar à liberdade condicional, o que não deve acontecer, não apenas pelas atrocidades que cometeu, mas por já apresentar sinais de demência.

Atualmente, Elizabeth e seus filhos vivem em um vilarejo no interior da Áustria sob proteção policial.

 

 

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