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Mulheres que fizeram e fazem a diferença no cinema de horror

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, listamos alguns nomes de mulheres icônicas que contribuíram e fizeram a diferença no cinema do gênero de terror – nacional e pelo mundo -, desde roteiristas, críticas, atrizes, diretoras, designers, entre tantas outras funções e em diferentes épocas.

As mulheres fazem parte desse meio desde os primórdios da indústria cinematográfica (não apenas atuando), mas na maioria das vezes, não recebiam o reconhecimento merecido, principalmente quando estavam por trás das câmeras.

Felizmente, isso vem mudando gradativamente. Até mesmo o estereótipo das personagens femininas nos filmes de terror evoluiu. Novas construções narrativas estão deixando de lado os clichês perpetuados pela indústria e em alguns casos passaram a apostar no protagonismo da mulher, sem estereotipá-la como uma scream girl ou final girl, mas como uma personagem mais ambígua, independente e identificável com a realidade.

É preciso notar, que parte deste movimento se deve à demanda do mercado. Muitos estúdios entenderam a mudança comportamental do público e o seu pedido por representatividade – o que não torna a mudança menos relevante.

A participação ativa de mulheres, sejam roteiristas, críticas, atrizes, diretoras, designers, produtoras e tantas outras funções do setor, enriquecem a indústria (literalmente) e proporcionam obras ímpares e divertidas aos fãs.

Vem com a gente conhecer algumas das divas que fizeram e fazem do terror, um gênero melhor!

 

Ida Lupino

A britânica Ida Lupino é normalmente reconhecida como uma das grandes atrizes da Era de Ouro de Hollywood. Ela participou de sucessos como “High Sierra” (1941), ao lado de Humphrey Bogart, e “The Hard Way” (1943), de Vincent Sherman. Como atriz, participou de mais de uma centena de produções, e no mesmo período dirigiu 42 obras, entre longas e seriados. O pioneirismo marcou a sua carreira, ela foi a primeira mulher a dirigir um filme noir, “O Mundo Odeia-me (1953), uma obra aclamada até os dias de hoje. A trama é carregada de suspense e tensão, elementos que estariam presentes em outros trabalhos da diretora. Também esteve à frente de outros sucessos como “Not Wanted” (1949) – pelo qual não foi creditada -, “Quem Ama Não Teme” (1950), “Outrage” (1950), “Laços de Sangue” (1951), “O Bígamo” (1953), “Anjos Rebeldes” (1966) entre outros.

A Cineasta estrelou e dirigiu episódios de séries famosas, como “A Feiticeira”, “Batman” e “Alfred Hitchcock Presents”, do mestre do suspense e do terror. Lupino também foi a primeira e única mulher a dirigir um episódio do famoso seriado “The Twilight Zone” (1959). Ida foi a segunda mulher a ser aceita no Sindicato de Diretores de Hollywood e a única afiliada por quase duas décadas após a saída de sua precursora Dorothy Arzner.

 

Mercedes McCambridge

Orson Welles certa vez disse que Mercedes McCambridge era a “maior atriz de rádio viva do mundo”. A atriz e dubladora iniciou sua carreira no rádio nos anos 1930, participou de diversos programas, interpretando mulheres fortes. Em 1949, estreou no cinema com o filme “A Grande Ilusão”, que lhe rendeu um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e um Globo de Ouro como Atriz Revelação. Pela sua atuação em “Assim Caminha a Humanidade” (1956) recebeu mais uma indicação ao Oscar na mesma categoria. No início dos anos 1970, foi chamada para participar da obra que se tornaria um dos grandes filmes do gênero: “O Exorcista” (1973), primeiro longa de terror a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme. Ele também foi nomeado a outras 9 categorias, vencendo duas delas, Melhor Som e Melhor Roteiro Adaptado. Mercedes dublou a voz do demônio Pazuzu que atormenta a personagem Regan. A memorável locução da atriz garantiu seu lugar na história do cinema.

Para deixar a voz mais rouca e agressiva, a atriz fumava, engolia ovos crus e bebia wisky. Às vezes, era amarrada à uma cadeira para que ela passasse a impressão de estar lutando para se libertar. Ironicamente, Mercedes não recebeu os créditos pelo seu trabalho. Indignada, precisou abrir um processo contra a Warner Bros., para ter seu nome incluído no filme.

 

Milicent Patrick

Nascida em 1915, Milicent Patrick sempre teve talento para as artes. Na adolescência, recebeu três bolsas de estudo para o notótio Chouinard Art Institute, única escola que aceitava mulheres naquela época. De lá, foi contratada pela Walt Disney Studios, no início de 1939, para colorir os acetatos que faziam parte da etapa final do processo de animação. A artista deixou a Disney em 1941 e durante um período trabalhou como modelo e fez pontas e figuração em vários filmes da Universal Studios, foi nesse período, que conheceu Bud Westmore, responsável pelo departamento de maquiagem e efeitos práticos da empresa. Milicent foi contratada por Westmore, e em 1952, se tornou a primeira mulher a trabalhar com efeitos especiais e maquiagem em um estúdio de cinema. Ela criou parte do design da fantasia do monstro em “O Monstro da Lagoa Negra” (1954) e também esteve envolvida na parte artística de filmes como “A Ameaça Que Veio do Espaço” (1953), “Abott e Costello Enfrentando O Médico e O Monstro” (1953) e “Guerra Entre Planetas” (1955), entre outros. Acusada por Westmore de receber créditos demais, acabou sendo demitida e parte do seu trabalho foi desconsiderado.

 

Debra Hill

Minuciosa e competente, a produtora e roteirista Debra Hill, contribuiu na construção da obra que se tornou um marco na história do cinema de horror e influenciou uma geração de filmes sobre serial killers imortais. Estamos falando de “Halloween – A Noite do Terror” (1978), longa que popularizou o gênero entre os adolescentes.

Quando lemos a respeito da produção e suas sequências, é comum ver o nome de John Carpenter associado ao título, mas é preciso ressaltar que Debra Hill produziu e co-escreveu o filme original. Foi ela, inclusive, que criou a personagem Laurie Strode, vivida pela atriz Jamie Lee Curtis. Hill, também esteve envolvida em “Halloween II” e “Halloween III: A Noite das Bruxas”. Sua longa parceria com Carpenter teve início em 1975, com “Assalto ao 13º DP”, e gerou outros frutos, como “A Bruma Assassina”, “Fuga de Nova York” e “Fuga de Los Angeles”.

A produtora também esteve envolvida em “Na Hora da Zona Morta”, de David Cronenberg e “Clue”, de Jonathan Lynn.

Em 2016, foi homenageada pelo “Women in Film”, uma organização norte-americana que defende e promove a carreira de mulheres que trabalham na indústria cinematográfica. Na ocasião Debra disse “Espero que um dia não haja a necessidade de um Women in Film. Haverá um People in Film, que terá um pagamento igual, direitos iguais e oportunidades iguais para todos”.

 

Mary Lambert

Mary Lambert iniciou a carreira dirigindo videoclipes nos anos 1980, ápice da geração MTV. Trabalhou com os maiores artistas da época, principalmente grandes mulheres como Annie Lennox, Debbie Harry, Pretenders, Kim Carnes, Alison Krauss, Janet Jackson, Whitney Houston, Madonna, a lista é longa. Sua estreia no cinema aconteceu em 1987, com o mistério “Marcas de uma Paixão”. Dois anos depois, foi convidada para dirigir a adaptação da obra de Stephen King, “Cemitério Maldito”. Mary pediu ao o amigo Dee Dee Ramone (baixista da banda Ramones), que criasse a música da trilha sonora do filme. Nascia “Pet Sematary”, um dos maiores hits do grupo. O excelente trabalho de Lambert contribuiu para o sucesso do longa. Na primeira semana de exibição, foi arrecadado cerca de 12 milhões de dólares (O orçamento do filme foi de US$ 11 milhões). A bilheteria mundial chegou a US$ 57 milhões. “Cemitério Maldito” foi um divisor de águas na carreira da diretora, que passou a trabalhar, na maioria das vezes, em obras do gênero de terror. No mesmo ano, dirigiu um dos episódios de “Contos da Cripta”, e em 1992 comandou a sequência “Cemitério Maldito 2”. A trama proposta por Lambert foi recusada pela Paramount, ela queria contar a história da personagem Ellie Creed, já adulta, voltando ao Maine com seu velho gato. Porém, o estúdio afirmou que uma obra daquele porte não se sustentaria com a história de uma mulher.

Em 2001, Mary dirigiu “Halloweentown 2: A Vingança de Kalabar”, seguidos por “Lenda Urbana 3: A Vingança de Mary” (2005) e “O Sótão” (2007).

 

Maila Nurmi  

Nascida em 1922, a finlandesa Maila Nurmi chegou aos Estados Unidos com a família aos dois anos de idade. Nos anos 1940, se mudou para Los Angeles com o sonho de se tornar atriz. A bela jovem trabalhou como modelo pin-up, fez ponta em algumas produções e chegou a ser dançarina burlesca em um show de horror da Broadway chamado “Spook Scandals”. Mas, foi durante uma festa a fantasia que o destino de Nurmi mudou. Com um vestido inspirado nos desenhos do cartunista Charles Addams, criador dos personagens da família Addams, ela ganhou o prêmio de melhor fantasia da noite e chamou a atenção do produtor Hunt Stomberg Jr. Pouco tempo depois, foi contratada para comandar o programa “The Vampira Show” (Ela seria a primeira mulher a apresentar filmes de terror na TV). Para encarnar a personagem Vampira, nome escolhido pelo ex-marido, a atriz criou um figurino inspirado no universo fetichista. Peruca preta, sobrancelhas arqueadas e bem marcadas, batom vermelho, unhas longas, meia arrastão e salto alto compunham o look. O show foi um sucesso, mas durou apenas um ano, terminando em 1955 quando Maila se recusou a vender os direitos de sua personagem à ABC.

A apresentadora ainda participou da série “The Red Skelton Show” ao lado de Bela Lugosi e de alguns filmes de Ed Wood. Em 1981, foi contratada pela KHJ-TV para recriar o “The Vampira Show. Quando Maila desistiu do projeto foi substituída pela personagem Elvira, interpretada por Cassandra Peterson.

Maila Nurmi é considerada um ícone cult. A Glamour Ghoul e Rainha do Terror ainda inspira a cultura pop até os dias de hoje.

 

Karyn Kusama

Há pouco mais de duas décadas, Karyn Kusama, estreava na direção de seu primeiro longa, “Boa de Briga”, lançado em 2000 e protagonizado por Michelle Rodrigues. A obra delineou uma das características presentes em seu trabalho: mulheres fortes que assumem posições normalmente ocupadas por homens. Cinco anos depois esteva a frente de “Aeon Flux”, uma adaptação da animação homônima de 1991. O longa contou com Charlize Theron no papel principal e surpreendeu pelas cenas de ação. A incursão da diretora pelo terror aconteceu em “Garota Infernal” (2009), que trouxe no elenco Megan Fox e Amanda Seyfried. Anos depois de seu lançamento o filme foi redescoberto a acabou se tornando um dos trabalhos mais prestigiados de Kusama. A diretora retornou ao gênero em “O Convite” (2015), uma trama interessante e tensa que aborda temas como a depressão, o luto e o fanatismo religioso.

Em 2019, dirigiu “O Peso da Passado”, que acompanha uma policial assombrada por um caso que não resolveu. Recentemente esteve à frente de episódios de “Yelowjackets” e “The Consultant”.

 

Ashlee Blackwell

Produtora e crítica de cinema, Ashlee Blackwell é uma especialista em filmes de terror. Em 2013, fundou a página Graveyard Shift Sisters, site que aborta o papel das mulheres negras no gênero de terror. A decisão de criar o canal veio quando percebeu que havia pouco, ou quase ninguém falando sobre a participação da mulher negra na indústria cinematográfica. Na época, ela estava tentando absorver tudo o que encontrava na internet, “havia muitos caras brancos falando sobre os personagens masculinos nos filmes de terror. Eles falavam sobre os filmes e analisavam meticulosamente os personagens, mas ninguém jamais falava sobre as mulheres negras nesses filmes”.

Blackwell também é co-roteirista e coprodutora do documentário “Horror Noire: A History of Black Horror”, lançado no início de 2019, nos Estados Unidos. A obra se baseia no livro homônimo de Robin R. Means Coleman, que é produtor executivo do filme e explora a história dos negros em filmes de terror – sua exploração, caricaturação e degradação – desde as primeiras produções até “Corra”, o triunfante filme de 2017 de Jordan Peele, que também participa do documentário.

 

Gabriela Amaral Almeida

Considerada uma “Mestre no cinema de horror”, a brasileira Gabriela Amaral Almeida dirigiu os sucessos “A Mão que Afaga” (2011), “Estátua!” (2014), “O Animal Cordial” (2017) e o mais recente “A Sombra do Pai” (2019). Em suas obras, procura retratar questões sociais, dramas e os incômodos humanos através de uma atmosfera que abraça o terror. Além de cineasta, roteirista e dramaturga, Gabriela também é mestre em literatura e cinema de horror pela UFBA – Universidade Federal da Bahia. No teatro, foi dramaturga da Cia Livre de Teatro (SP) com o texto “A Travessia da Calunga Grande” (2013), dirigido por Cibele Forjaz. Com uma sólida carreira, passou a ser requisitada por renomados cineastas. Gabriela criou roteiros para Walter Salles, Marco Dutra, Sérgio Machado, Cao Hamburger, entre outros. Também atua como roteirista na TV Globo e dirigiu episódios de “Nocturnos” e “Verdades Secretas”.

 

Juliana Rojas

A diretora e roteirista Juliana Rojas se graduou em cinema pela Escola de Comunicação e Artes da USP, onde conheceu o diretor Marco Dutra, com quem iniciou uma longa parceria. Em 2004, Rojas alcançou fama ao dirigir o curta “O Lençol Branco” (2004). Se estabeleceu como uma das grandes profissionais de sua geração com o filme “Sinfonia da Necrópole” (2014) e com o longa “As Boas Maneiras” (2017) premiado com sete troféus no Festival do Rio e condecorado com o Prêmio Especial do Júri no Festival de Locarno.

Sobre as obras de Juliana, o comunicólogo, professor e editor do site Curta Curtas, Thiago Dantas, resumiu:  “a ternura, a musicalidade e o domínio muito grande do tempo narrativo são marcas de uma cineasta que esbanja estilo, bom humor e inventividade em filmes que usam o fantástico para tecer comentários aguçados sobre a realidade, o capitalismo e as micro relações de poder”. É essa qualidade que fez Rojas se destacar nos últimos anos e entrar para a lista de diretoras brasileiras que também estão trazendo um novo olhar ao terror nacional, como Anita Rocha da Silveira, Monica Demes e a já citada Gabriela Amaral Almeida. Seus últimos trabalhos na direção incluem episódios das séries “O Som e o Tempo”, “Terrores Urbanos” e “Boca a Boca”.

 

Kathryn Bigelow

Antes de se tornar a primeira mulher a ganhar um Oscar de Melhor Direção, Kathryn Bigelow também passou pelo gênero de terror. A sua estreia na direção solo veio com o filme “Quando Chega a Escuridão” (1981), uma história de vampiros que traz influências dos livros de Bram Stoker e Anne Rice, porém sem os debates existenciais e autorreflexões presentes em tais obras. Em 1990, Bigelow lançou o thriller psicológico “Jogo Perverso”, protagonizado por Jamie Lee Curtis. A trama acompanha uma policial, que passa a ser perseguida por um psicopata após um incidente, o filme ficou conhecido por abordar questões feministas.

Seu próximo projeto foi “Caçadores de Emoção”, um blockbuster encabeçado pelos atores Keanu Reeves e Patrick Swayze. Com um orçamento de US$ 24 milhões, o longa conseguiu arrecadar nas bilheterias o total de US$ 83,5 milhões. Nos anos seguintes, a diretora lançou alguns filmes que não foram bem recebidos pela crítica nem pelo público. A virada na carreira de Kathryn viria em 2008, com o premiado “Guerra ao Terror”, longa que aborda os horrores vividos por militares norte-americanos no Iraque. A trama é centrada no dia-a-dia de um esquadrão de desarmamento de bombas. A produção recebeu o Oscar de Melhor Filme e Bigelow ficou com o Oscar de Melhor Direção.

Seguindo pelo mesmo tema, seu próximo filme, “A Hora Mais Escura”, foi visto como uma extensão de “Guerra ao Terror”. A história acompanha Maya (Jessica Chastain), responsável pela investigação que capturou e abateu o terrorista Osama Bin Laden, líder da al-Qaeda e responsável pelos atentados do 11 de setembro. O longa também foi indicado ao Oscar de Melhor Filme.

 

Jeanette Volturno

A produtora Executiva Jeanette Volturno, trabalha com a Blumhouse Productions desde 2012. O estúdio multimídia é conhecido por ser pioneiro em um novo modelo de cinema: produções de filmes de baixo orçamento e alta qualidade.

Pouco conhecida pelo público, Jeanette, que tem mais de 25 anos de experiência em produção, atuou em mais de 60 filmes durante sua gestão na empresa, incluindo “Halloween”, “Whiplash”, “Corra”, “A Entidade” “Ritual Macabro”, “Renascida do Inferno” e as franquias “Atividade Paranormal”, “Sobrenatural”, “Uma Noite de Crime”, “Ouija”, entre outras produções.

Em 1999, ela fundou a Catchlight Films, onde foi produtora em uma variedade de filmes de sucesso. Antes disso, Volturno foi uma das duas americanas recrutadas para criar a empresa Mill Film de Tony e Ridley Scott, em Londres. Jeanette começou sua carreira como coordenadora de efeitos visuais na Sony Pictures Imageworks.

 

Jen e Sylvia Soska

As canadenses Jen e Sylvia Soska, irmãs gêmeas também conhecidas como The Soska Sisters, sempre foram apaixonadas pelo terror. Ainda crianças, devoraram os livros de Stephen King e adoravam ver as imagens sangrentas nas capas de filmes de terror nas locadoras e revistas do seguimento. Anos depois, criaram a Twisted Twins Productions, selo responsável por “Mary Mórbida” (2012). O filme recebeu inúmeros elogios e prêmios, tornando-se um clássico cult.

O longa mergulha no universo das modificações corporais extremas. Mary (interpretada pela atriz canadense Katharine Isabelle) é uma promissora estudante de medicina, mas passa por problemas financeiros. Para reverter a situação, decide tentar a sorte como stripper. Durante uma emergência no local, a estudante realiza uma cirurgia em um homem. Em pouco tempo, a jovem passa a receber estranhas propostas para realizar operações ilegais, na maioria envolvendo modificações corporais. Mary se vê obrigada a largar a faculdade após uma situação abusiva e mergulha de vez em um universo bizarro e excêntrico.

Em 2019, as irmãs Soska lançaram o filme “Fúria Selvagem”, remake de “Enraivecida na Fúria do Sexo” (1977), do cultuado diretor David Cronenberg. O longa trouxe referencias do original com a liberdade autoral das diretoras que abusaram dos efeitos especiais, que foram comparados aos de “O Enigma de Outro Mundo” (1982) de John Carpenter.

 

Não podemos esquecer de citar diretoras pioneiras do gênero nas décadas de 1980 e 1990, como Barbara Peeters (“Criaturas das Profundezas”); Jackie Kong (“Um Jantar Sangrento”, “A Noite do Medo”); Katt Shea (“Strip-tease da Morte” e “A Maldição de Carrie”); Carol Frank (“Mansão da Morte”); Amy Jones (“O Massacre”); Cindy Sherman (“Mente Paranoica”), Bettina Hirsch (“Os Munchies”); Kristine Peterson (“Sonhos Mortais”); e Roberta Findlay (“Irmãs de Sangue”, “Jogo da Sobrevivência”, “Sombras Diabólicas”, “Vingança Macabra” e “Demônio, o Rei das Trevas”). As cineastas desbravaram um setor lucrativo dominado por homens, apresentando longas comerciais e sangrentos que atendiam as demandas dos estúdios de cinema.

A lista é modesta, por isso gostaríamos de saber, qual nome você acrescentaria à nossa relação de mulheres que fizeram a diferença dentro do gênero de terror?

 

 

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