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Dia do Beijo: 10 Filmes que mostram que também há romance no horror

Em diversos gêneros cinematográficos, seja romance, comédia, aventura e mesmo ação, o beijo normalmente indica um ato de afeto, adoração, desejo. Algumas vezes até substitui as cenas de paixão carnal, ou seja, a pegação entre os personagens, para que o filme consiga uma classificação mais branda e alcance um público maior.

No terror, entretanto, beijar os lábios pode ter um significado simbólico e contextual bem diferente. Em vez de indicar romance ou atração, muitas vezes as beijocas molhadas são de fato ações violentas com a intenção de ferir ou matar, em alguns casos o ato tem o objetivo de causar repulsa, choque e horror nos espectadores. Mas nem por isso, deixam de ser apreciados quando complementam o enredo da obra.

Sem mais delongas, prepare o ambiente (acenda algumas velas, abra um vinho) e aprecie a seleção de 10 filmes com momentos memoráveis ​​do horror para celebrar o Dia do Beijo! Mas cuidado, há spoilers!

 

THELMA, de Joachim Trier (2017)

A solitária e religiosa Thelma é uma adolescente tímida criada em um regime rígido que acaba de deixar a casa de seus pais fundamentalistas para ingressar na universidade em Oslo. Ela anseia por amigos em sua solitária vida universitária, mas não socializa com ninguém, até conhecer a bela e carismática Anja, interpretada por Kaya Wilkins. No primeiro encontro das duas garotas, Thelma sofre uma violenta crise epiléptica e seu mundo muda para sempre. “Thelma” é um filme original que combina terror, mistério, drama, romance e erotismo em doses certas. O excelente trabalho de câmera e fotografia garantem ao longa uma atmosfera assustadora. A performance das jovens atrizes também de destaca, Eili Harboe e Okay Laya protagonizam um dos momentos mais românticos e sensuais do filme. O longa foi indicado pela Noruega para concorrer à uma vaga no Oscar de 2018 como Melhor Filme Estrangeiro.

 

O BEIJO DO VAMPIRO, de Xan Cassavetes (2012)

No filme “O Beijo do Vampiro” conhecemos Djuna, uma vampira romântica que por escolha não se alimenta do sangue de humanos. Certo dia, quando vai à uma livraria, conhece o roteirista Paolo, e se sente sexualmente atraída por ele. O desejo é correspondido, mas há um problema, todas as vezes que se beijam Djuna rejeita os avanços do rapaz. Ela tenta se justificar explicando que é alérgica a luz do sol e confessa que se alimenta do sangue de animais, mas Paolo parece não entender. Em determinado momento, o jovem acorrenta a vampira à sua cama, dessa vez não há como ela resistir à sua paixão. A trama é regada à beijos fervorosos, mas nem tudo é paz e amor, o clima muda quando Mimi, irmã de Djuna, decide passar algumas semanas com ela. Com personalidades opostas, o clima entre as irmãs fica tenso e perturba a comunidade de vampiros. “O Beijo do Vampiro” é o filme de estreia de Xan Cassavetes, a diretora se inspirou em obras de terror gótico sobre vampiros dos anos 70 para criar o longa.

 

PELO AMOR E PELA MORTE, de Michele Soavi (1994)

Baseado na história em quadrinhos de Tiziano Sclavi, “Pelo Amor e Pela Morte” é uma longa viagem ao desconhecido com um tom irreverente e pós-moderno. Dirigida por Michele Soavi, a produção italiana é regada à mortes, zumbis e sensualidade. O atraente ator Rupert Everett é Francesco Dellamorte, um coveiro que trabalha no cemitério da cidade de Buffalora, Itália. Entre as funções diárias, ele precisa matar os mortos-vivos que perpetuamente se levantam de seus túmulos, para evitar que os mesmos deixem o cemitério e invadam a cidade, instalando o caos. A vocação de Dellamorte para lidar com os que voltam à vida se rivaliza apenas pelo desejo por uma mulher misteriosa que continua renascendo como diferentes femme fatales, com as quais ele tem tórridos casos. O filme é uma mistura peculiar de romance, luxúria, surrealismo, horror e comédia sombria que supera o trabalho de grandes maestros do terror italiano como Dario Argento.

 

O MISTÉRIO DE CANDYMAN, de Bernard Rose (1992)

Baseado na obra do grande escritor Clive Barker, “O Mistério de Candyman” traz a história de Helen Buchanan, uma estudante de sociologia que está desenvolvendo uma tese sobre pichações em locais públicos e urbanos. Ela escolhe um conjunto habitacional decadente e vandalizado para centralizar seus estudos. Aos poucos a presença de Candyman é introduzida na trama através de sutis elementos, pinturas aterrorizantes, pichações ameaçadoras e vários assassinatos sem explicações. A memorável cena do beijo acontece quando Helen encontra Candyman em seu covil. O assassino oferece a imortalidade para a jovem, abre o seu casado e mostra os ossos de seu tórax envoltos em abelhas, logo os insetos voadores começam a sair de sua boca enquanto ele se aproxima e a beija, fazendo com que as abelhas desçam pela garanta da heroína. Vale ressaltar que as abelhinhas são reais, para realizar as gravações, o ator usou feromônios de abelhas rainhas para acalmar o enxame, mas isso não impediu que ele fosse picado mais de 20 vezes, algo pelo qual ele acabou sendo grato já que recebeu US$ 1.000 por cada ferroada.

 

SONÂMBULOS, de Mick Garris (1992)

Adaptação do romance de Stephen King, “Sonâmbulos” aborda uma visão diferente dos vampiros, na trama eles descendem de divindades egípcias e quando se transformam assumem feições felinas, além disso eles se relacionam entre si e para sobreviverem precisam do poder vital de jovens virgens. Desta forma, assim que mãe e filho (vampiros) chegam à uma nova cidade eles partem em busca de sua presa. Um dos momentos mais memoráveis do filme acontece já nos primeiros 15 minutos, quando mãe e filho começam a dançar lentamente e se beijam nos lábios, o entusiasmo aumenta e ambos correm para o quarto e protagonizam uma estranha cena de sexo incestuoso. Os personagens podem ser classificados como súcubos e íncubos que se relacionam fisicamente para roubar a energia vital da vítima, no caso deles, a de virgens inocentes. O filme também carrega nas cenas sangrentas e apesar dos efeitos práticos serem datados, a maquiagem dos atores é excelente e entregam um bom resultado.

 

CEMITÉRIO MALDITO, de Mary Lambert (1989)

“Cemitério Maldito” se destaca por ser um terror eficiente, que mesmo após décadas ainda cria uma angústia incômoda no espectador. Na história, o jovem doutor Louis Creed se muda com sua esposa e seus dois filhos pequenos para uma casa na pequena cidade do Maine. Apesar do imóvel ser localizado ao lado de uma rodovia, a região é perfeita. Quando o gato de estimação da família morre atropelado, um vizinho sugere que Creed o enterre em um cemitério indígena, que tem o poder de ressuscitar o que for soterrado no terreno. O conselho traz consequências inimagináveis no decorrer da trama. Um dos pontos mais altos do filme acontece no final do terceiro ato. Enquanto Louis está sentado jogando paciência, sua esposa ressuscitada se aproxima por trás do médico e diz “Querido”. Os dois se beijam apaixonadamente, enquanto Rachel segura uma faca. O reencontro do casal é muito mais dramático do que a versão alterada do remake de 2019.

 

HELLRAISER II: RENASCIDO DO INFERNO, de Tony Randel (1988)

No primeiro filme da franquia, além do horror escancarado, o público também foi agraciado com a presença da atriz Clare Higgins. Ela interpretou Julia, uma mulher promíscua que atraia e assassinava homens para que seu amante desencarnado pudesse ressuscitar. Curiosamente, a ideia original de Clive Barker, escritor e diretor de Hellraiser – Renascido do Inferno, era transformar Julia na principal antagonista da série e a líder dos cenobitas. No longa de 1987, ela protagonizou cenas calientes, mas a personagem se superou na sequência de 1988. Em uma tomada de revirar o estômago, ela seduz o namorado de sua enteada e com um beijo suga todo o líquido do corpo da vítima, até que ele se torna uma casca de carne verde, pegajosa e repleta de feridas.

 

FOME DE VIVER, de Tony Scott (1983)

O filme icônico de Tony Scott, traz o multifacetado David Bowie contracenando com duas grandes estrelas, Susan Sarandon e a francesa Catherine Deneuve, ambas de beleza e presença marcantes. Baseado na obra de Whitley Strieber, o filme narra a história de Miriam (Catherine Deneuve), uma vampira com séculos de idade que a cada 300 anos escolhe um parceiro para companhia. A sua mordida pode triplicar o tempo de vida de um humano, mas em determinado momento esse amante começa a envelhecer rapidamente e seu corpo se torna decrépito sem nunca morrer de fato. David Bowie interpreta John, o atual companheiro de Miriam. Desesperado para evitar o mesmo destino de outros amantes, ele busca a ajuda de uma famosa gerontologista (Susan Sarandon) que fecha o triangulo amoroso com maestria. “Fome de Viver” possui cenas sangrentas e violentas, mas é também uma história de sedução com uma das cenas eróticas mais icônicas da história do cinema. Em um dos momentos mais importantes da história, Miriam beija intensamente a doutora antes de transformá-la em uma vampira.

 

CALAFRIOS, de David Cronenberg (1975)

Em sua primeira incursão em um longa-metragem, o diretor canadense David Cronenberg, decidiu explorar o sexo e a psicose humana como mote de “Calafrios”. Trata-se de uma obra extremamente sangrenta e sexualizada. Na trama, os moradores de um complexo de apartamentos aos poucos são infectados por parasitas geneticamente modificados, transformando-os em maníacos sexuais violentos e assassinos. O filme é repleto de momentos “boca a boca”, há inclusive uma cena onde pai e filha se beijam calorosamente, além dos carinhos labiais entre a bela atriz Barbara Steele e sua colega do condomínio. Porém, a cena mais emblemática envolve o herói da história, Roger. Ele se encontra em uma piscina, imobilizado por pessoas contaminadas, para que a sua “crush”, recentemente infectada, possa transmitir o parasita através de um beijo melodramático em câmera lenta.

 

CARMILLA, A VAMPIRA DE KARNSTEIN, de Roy Ward Baker (1970)

Considerado um dos principais filmes a explorar a obra do autor irlandês Joseph Sheridan Le Fanu, publicada em 1871 (antes mesmo de Bram Stoker, que também se inspirou no mesmo livro para criar Drácula), o longa “Carmilla, a Vampira de Karstein” apresentou ao público a temática da vampira lésbica, influenciando inúmeras produções nos anos seguinte. Na versão cinematográfica, dirigida por Roy Ward Baker, uma misteriosa condessa viaja para o exterior para visitar um amigo doente, a vampira sedutora passa a se hospedar em mansões de famílias ricas agindo como uma parasita que se alimenta de belas e inocentes jovens. Carmilla, vivida pela belíssima atriz polonesa Ingrid Pitt, distribui beijos e mordidas com uma grande dose de luxúria, lesbianismo e nudez. Destaque para a cena do banho da protagonista em uma pequena banheira. Após se enrolar em uma toalha, a vampira persegue uma jovem vítima, também seminua, pelo quarto.

 

 

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