Nesta semana, a Darkflix traz aos seus assinantes o “Especial John Carpenter”. A plataforma apresentará filmes que fazem parte da carreira de um dos diretores mais renomados do cinema de horror.
O cineasta, que completou 73 anos recentemente, é referência entre realizadores, críticos e cinéfilos por suas obras, que além de filmes clássicos e cultuados como “Halloween – A Noite do Terror”, “Christine, O Carro Assassino” e “Eles Vivem”, incluem várias composições de trilhas sonoras – foram mais de 60 produções ao longo da carreira.
Carpenter iniciou a carreira no cinema dirigindo filmes de horror e de temática sobrenatural. Após conquistar grande sucesso, o diretor foi considerado um grande realizador, cujo cinema complexo vai muito além dos gêneros em que atua. Seu trabalho é analisado e discutido até hoje por críticos renomados e veículos conceituados que reconhecem o seu talento e a importância de seus filmes para o universo cinematográfico.
O criativo realizador, que continua na ativa, lança nesta próxima sexta-feira (05) seu novo álbum musical, “Lost Themes III: Alive After Death”. Tal como nos anteriores, o terceiro volume teve a colaboração de seu filho Cody e do guitarrista Daniel Davies. Recentemente, o diretor também anunciou que levará o seu talento e expertise para o mundo dos podcasts com o programa “John Carpenter Presents”, onde contará histórias de terror envolventes contadas em capítulos.
Enquanto aguardamos as novidades deste profissional multifacetado, a Darkflix homenageia o mestre do terror com uma seleção especial de longas que marcaram o cinema, seja pelo pioneirismo, pela criatividade ou pelo sucesso junto aos fãs. Confira as obras programadas para esta semana. E se prepare, pois mais filmes de Carpenter devem compor o especial que se estende na próxima semana!
Eles Vivem (They Live), 1988 – 01/fevereiro
Em “Eles Vivem”, Carpenter procura apresentar a realidade alienada dos Estados Unidos através de símbolos que retratam o patriotismo e o controle estatal exercido nos anos 1980, período em que Reagan governava o pais com certo autoritarismo. Na trama, acompanhamos John Nada, um trabalhador que troca o interior do Colorado pela cidade grande em busca de emprego. Sem opções, Nada vai morar e trabalhar numa área marginalizada da cidade, onde minorias tentam sobreviver. Certo dia, o personagem encontra um peculiar par de óculos escuros, ao usá-lo, passa a enxergar o mundo como ele realmente é, as verdadeiras mensagens subliminares da publicidade, e o mais importante, pessoas que aparentam ser alienígenas e querem dominar o mundo. Além de uma sátira, a obra retrata o desejo do cineasta por uma transformação.
Alguém me Vigia (Someone’s Watching Me!), 1978 – 02/fevereiro
O longa “Alguém me Vigia”, foi produzido para a TV e talvez seja, injustamente, um dos trabalhos menos conhecidos de Carpenter. Neste thriller, Leigh Michaels, uma jornalista bem-sucedida, se muda para Los Angeles para trabalhar em uma nova rede de televisão e deixar para traz uma história de amor não correspondida. Logo após se instalar em seu novo apartamento, ela sente que está sendo vigiada sistematicamente. Sem ninguém que acredite em sua história, Leigh se vê sozinha em uma situação perturbadora quando um estranho começa persegui-la com jogos de gato e rato.
Dark Star (Dark Star), 1974 – 03/fevereiro
“Dark Star” é o filme de estreia de Carpenter e do grande roteirista Dan O’Bannon. Inicialmente foi produzido como um curta, mas com a repercussão positiva em festivais onde foi exibido, ganhou cenas adicionais. O longa se passa em 2150. A pequena tripulação de astronautas americanos da espaçonave Dark Star tem a missão de destruir planetas instáveis. Eles contam com o auxílio de um computador de bordo – uma referência ao HAL 9000 de “2001: Uma Odisseia no Espaço”- mas após 20 anos no espaço algumas coisas já não funcionam como deveriam e o tripulantes terão que lidar com situações perigosas. A obra flerta abertamente com o humor e se tornou um clássico dos anos 1970.
O filme ganhou o Golden Scroll de melhores efeitos especiais no Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, USA, em 1976. Também foi indicado ao Nebula Award de melhor roteiro pelo Science Fiction and Fantasy Writers of America, e ao Hugo Awards como melhor filme.
Memórias de um Homem Invisível (Memoirs of an Invisible Man), 1992 – 04/fevereiro
Estrelada pelo hilário Chevy Chase, a jovem Daryl Hannah e o ator irlandês Sam Neill, “Memórias de Um Homem Invisível” conta com pitadas de humor a história de Nick Halloway, um especialista da bolsa de valores que sofre um acidente e se transforma em um homem invisível. A partir disso Halloway passa a ser perseguido pela CIA que deseja usar a situação a seu favor. Ele fará de tudo para fugir do agente David Jenkins a fim de resgatar sua vida e se encontrar com a femme fatale vivida por Darryl Hannah.
A Bruma Assassina (The Fog), 1980 – 05/fevereiro
Considerada uma das grandes obras do cinema, “A Bruma Assassina” contou com um orçamento estimado em US$ 1 milhão e faturou mais de US$ 20 milhões apenas nas bilheterias dos EUA. O roteiro foi escrito por Carpenter e Debra Hill, co-escritora e produtora de Halloween, e foca no desenvolvimento dos personagens por núcleo, o que facilita o desenrolar da história. Com participação de Jamie Lee Curtis, Janet Leigh e Tom Atkins, a trama aborda o pânico que se espalha pela cidade costeira de Antônio Bay depois que uma névoa misteriosa aparece no ar. O evento sinistro acontece há exatos cem anos após uma tragédia marítima que ocorreu no mesmo local.
Halloween – A Noite do Terror (Halloween), 1978 – 06/fevereiro
“Halloween: A Noite do Terror” é um dos filmes de maior sucesso da cena independente americana. O longa marcou época, não apenas pela grande bilheteria, mas por lançar a atriz Jamie Lee Curtis e Carpenter ao estrelato, além de abrir caminho para uma leva de filmes slashers que foram lançados nos anos seguintes, como “Sexta-feira 13”, “A Hora do Pesadelo”, “Pânico” e tantos outros.
Na trama, que privilegia o suspense e o clima de tensão mais do que vísceras e sangue, acompanhamos um menino de apenas seis anos ser enviado para um hospital psiquiátrico após esfaquear e matar a sua irmã mais velha no dia das Bruxas. Quinze anos se passam, e na noite de Halloween, o assassino foge da instituição rumo a sua cidade Natal, Haddonfield, em Illinois. Ainda obcecado pelo assassinato da irmã, Michael Myers, agora com 21 anos, escolhe um novo alvo: a estudante Laurie Strode, interpretada pela jovem Jamie Lee Curtis, que precisa lidar com o medo e a paranoia de ser perseguida por um desconhecido sem saber o real motivo.
Christine – O Carro Assassino (Christine), 1983 – 07/fevereiro
“Christine – O Carro Assassino” marca o encontro de dois grandes nomes do horror: o fenômeno editorial Stephen King e o mestre John Carpenter. A adaptação fiel ao livro conta a história de Arnie Cunningham, um jovem nerd e tímido que compra um sucateado Plymouth Fury 1958, batizado de Christine pelo antigo dono. Após renovar o veículo, a personalidade do rapaz se transforma e ele desenvolve uma obsessão pelo veículo que parece ter personalidade e vontade própria e não permite que ninguém fique entre eles. Com uma direção extremamente competente, excelente ambientação e ótima trilha sonora, o clássico apresenta temas típicos do universo de King, como possessão, vingança, dramas adolescentes e familiares.