Stephen King já é figurinha carimbada entre os fãs do universo literário do terror. O autor é considerado um dos mais notáveis escritores de horror fantástico da sua geração, com mais de sessenta livros e cerca de duzentos contos, suas histórias foram publicadas em mais de 40 países e alcançaram um número superior a 400 milhões de cópias vendidas.
Não demorou muito para que o sucesso e a qualidade de suas obras chamassem a atenção de Hollywood e fossem adaptadas para o cinema por grandes diretores como como Stanley Kubrick, Brian De Palma, John Carpenter, David Cronenberg, entre outros.
Mas King não se limitou aos livros. O escritor foi responsável por roteirizar várias de suas adaptações e chegou a se arriscar na direção do longa “Comboio do Terror” (1986), estrelado por Emilio Estevez, o galã de Hollywood nos anos 1980. Entretanto, o destaque da produção ficou por conta da trilha sonora composta pelos australianos da banda de rock AC/DC.
O autor também se enveredou pela atuação, ao todo King fez 26 participações em filmes e seriados. Embora a maioria tenha sido em projetos inspirados em suas publicações, Stephen também participou como ele mesmo da animação “Os Simpsons” (no terceiro episódio da 12º temporada, em 2000) e na série “Chappelle’s Show” (2003), além de fazer uma ponta na terceira temporada de “Sons of Anarchy”, de um dos seus seriados favoritos.
Sua aparição mais recente foi no filme “It – Capítulo 2” (2019), dirigido por Andy Muschietti. Stephen interpreta o misterioso dono de uma loja de penhores onde Bill Denbrough (James McAvoy) compra de volta a bicicleta que usava na infância. Os dois acabam tendo um diálogo curto, mas divertido.
A primeira vez em cena foi a convite do diretor George A. Romero no longa “Cavaleiros de Aço” (1981). Ele aparece como um expectador ao lado de sua esposa, Tabitha King.
Em 1982, teve mais tempo em cena no filme “Creepshow”. Ele interpretou Jordy Verrill em um dos capítulos do longa. Verril é o agricultor que testemunha a queda de um meteoro em suas terras e sofre uma mutação quando toca em uma das partes do meteorito.
Em “Comboio do Terror”, o autor também faz uma breve aparição, mas não foi creditado. Ele é o homem que usa um caixa eletrônico no posto de gasolina. “Creepshow 2” (1987), dirigido pelo amigo Romero, também conta com a presença de King, ele faz uma ponta como um motorista de caminhão em um dos segmentos.
Em “Cemitério Maldito” (1989), King assumiu o papel do padre que preside o funeral do pequeno Gage Creed. Em sua breve cena, ele oferece algumas palavras de conforto e condolências à família do menino.
No seriado “Jovem outra Vez” (1991), King apareceu no quinto episódio como um motorista de ônibus mal-humorado que só quer cumprir o seu itinerário. No ano seguinte, além de roteirizar a adaptação de “Sonâmbulos” (1992), o autor mais uma vez foi relegado a um papel sem nome, desta vez como zelador do cemitério. Em sua cena, King esbarra em outros dois convidados especiais: O escritor Clive Barker e o diretor Tobe Hooper.
King retorna em 1994, em “A Dança da Morte”, série pós-apocalíptica onde vive Teddy Weizak, um dos sobreviventes da epidemia que se junta ao grupo da Mãe Abigail. Ao contrário do personagem do livro, que é decapitado em uma explosão, na tela Teddy sobrevive até o fim.
Na estranha ficção cientifica “Fenda no tempo” (1995), King é Tom Holby, o chefe ganancioso que confronta um de seus corretores. Em 1996, Stephen retorna às telas como um farmacêutico divertido chamado Sr. Bangor (nome da cidade natal do autor) no filme “A Maldição”.
Na adaptação de “O Iluminado” (1997) para a TV, o autor participa como o líder da banda fantasma Gage Creed, assim nomeada em homenagem ao personagem infantil morto em “Cemitério Maldito”. Já na série “A Tempestade do Século”, King tem dois personagens: um advogado e um repórter, ambos não creditados.
Sua próxima aparição foi no conto assombroso “Red Rose – A Casa Adormecida”, como um entregador de pizza rude que leva o jantar dos investigadores paranormais na mansão Red Rose.
Baseada em uma minissérie dinamarquesa criada por Lars Von Trier, a versão americana de “Kingdom Hospital” foi desenvolvida como uma série para a TV, (King escreveu nove dos 13 episódios). Centrado em um hospital assombrado, Stephen só aparece no final como Johnny B. Goode, um homem assustador da manutenção.
Em uma de suas participações mais breves, King interpretou o cliente de uma lanchonete que pede por mais café no episódio de estreia da segunda temporada de “Under The Dome” (2014), ele contracena com Britt Robertson, que lhe serve a bebida.
O escritor retorna à um café no sexto episódio da primeira temporada de “Sr. Mercedes” (2017), baseado em seus três romances sobre o detetive particular Bill Hodges. Na cena, o antagonista da história imagina a lanchonete se transformando em um cenário repleto de corpos, King é o cozinheiro que tem uma morte especialmente sangrenta.
Você já conhecia esta faceta do escritor? Confira algumas de suas curtas participações nos filmes da mostra “Stephen King: O medo é seu melhor companheiro”, a retrospectiva vai até o dia 22 de março nos formatos presencial e on-line. As sessões ao vivo acontecem no espaço CCBB Belo Horizonte, em Minas Gerais e as exibições on-line ocorrem de forma gratuita na plataforma Darkflix, durante todo o período da retrospectiva. Para ter acesso ao conteúdo da mostra basta se cadastrar no serviço de streaming.