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Os clássicos monstros da Universal, décadas de 40 e 50

A Universal nos trouxe monstros amados e assustadores que ainda hoje fazem parte da nossa cultura, seja através de novos filmes, livros, histórias em quadrinhos, vestuário e peças colecionáveis, eles estão entre nós. Mesmo para a geração mais nova é impossível não reconhecer ícones do terror, como Drácula, a Múmia, o monstro de Frankenstein ou o Lobisomem.

Como já vimos na matéria anterior (leia aqui), todos esses personagens foram imortalizados na década de 1930, quando seus longas foram lançados pela Universal. E a galeria do terror continuou crescendo, motivada principalmente pelo lucro, as décadas de 1940 e 1950 levaram mais de 50 películas para a grande tela. Inúmeras delas foram sequencias ou variações dos temas criados para os ávidos espectadores do gênero, como “A Volta do Homem Invisível” (1940), “A Mulher Invisível” (1940), “A Sombra de Frankenstein” (1942), “O Filho de Drácula” (1943), “A Múmia Fantasma” (1944) e muitas outras. Mas algumas obras se destacaram durante estas duas décadas.

Lançado em 1941, “O Lobisomem” foi um grande sucesso de bilheteria e logo se tornou o principal filme sobre esse tema, desbancando o seu antecessor “O Lobisomem de Londres” de 1935. Jack Pierce, que já havia participado de incontáveis filmes de monstros da Universal, fez um trabalho espantoso na caracterização e maquiagem do personagem peludo que ficou no imaginário popular. O homem lobo foi interpretado por Lon Chaney Jr. que seguiu a carreira do pai conhecido como o homem de mil faces pelo seu incrível trabalho de maquiagem e interpretação em clássicos como “O Corcunda de Notre Dame” (1923), “O Fantasma da Ópera” (1925) e “London After Midnight” (1927).

 

Imagem: Reprodução

Em 1943, o Estúdio lançou o primeiro crossover entre dois de seus monstros mais famosos, um prato cheio para os fãs das criaturas. Em “Frankenstein Encontra o Lobisomem” o ator Lon Chaney Jr. interpreta o lobisomem e Bela Lugosi vive a criação do Dr. Frankenstein. Talvez o título do filme devesse ser ao contrário, já que Chaney é o protagonista da história e toda a trama é centrada nele, sendo Lugosi um mero coadjuvante.

No mesmo ano, o remake de “O Fantasma da Ópera” chegou às telas. A produção suntuosa trouxe sets enormes e luxuosos que simulavam a arquitetura francesa do século XVIII e garantiu ao longa o Oscar de Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte. Embora todo o elenco tenha entregue uma ótima performance, foi a de Claude Rains (protagonista de “O Homem Invisível”) que roubou os holofotes no papel do vilão da história. Até os dias de hoje, o filme é visto como uma das melhores adaptações da obra gótica de Gaston Leroux.

 

Imagem: Reprodução

Nos dez anos seguintes a Universal lançou 23 filmes, a maioria deles antologias de seus sucessos dos anos 1930. Até que em 1953 os fãs do cinema fantástico foram surpreendidos com “A Ameaça que veio do Espaço”, o primeiro filme 3D da história da ficção científica. Inspirado na obra “The Meteor” do mestre Ray Bradbury, o diretor Jack Arnold trouxe elementos que seriam explorados por outras produções do gênero. O filme é uma das poucas obras desta temática que retratou as criaturas do espaço como pacíficas e sugeriram que talvez a humanidade ainda não estava preparada para esse tipo de contato.

 

Imagem: Reprodução

No ano seguinte estreou o derradeiro monstro da Universal, “O Monstro da Lagoa Negra” também dirigido por Jack Arnold que ainda seria responsável pelo “O Incrível Homem Que Encolheu” de 1957. O filme fez sucesso entre o público e recebeu críticas positivas o que originou mais duas sequencias: “A Vingança do Monstro” em 1955 e “À Caça do Monstro” em 1956.

 

Imagem: Reprodução

Mais alguns filmes foram lançados até o final dos anos 1950, quando então houve um hiato na produção dos Monstros da Universal. Somente após quase duas décadas, em 1979, veríamos um remake de Drácula com Frank Langella no papel do vampiro. Mais 20 anos se passariam para os estúdios fazerem a refilmagem de “A Múmia” com Brendan Fraser como o herói protagonista.

Em maio de 2017 a Universal Pictures anunciou a criação do Universo Cinematográfico de Monstros compartilhado. Batizado de Dark Universe, o projeto contaria com novas versões dos filmes “A Múmia”, “Van Helsing”, “Drácula”, “Lobisomem”, “O Homem Invisível” e “A Noiva de Frankenstein”. Os seus monstros também seriam eventualmente reunidos em uma só história.

A Universal chegou a lançar o remake de “A Múmia” com Tom Cruise, mas a baixa aceitação do público postergou os planos de produções futuras.

Este ano vimos sinais de que o projeto pode estar vivo com o lançamento do reboot “O Homem Invisível”, será?

 

 

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