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Programação do CineCaos conta com quatorze obras realizadas por cineastas mulheres

A Mostra de Cinema Audiovisual CineCaos, que acontece até o dia 30 de abril gratuitamente na plataforma Würlak, trouxe para sua sexta edição 40 filmes, entre curtas e medias-metragens, produzidos em solo brasileiro. Buscando a diversidade de temas e realizadores dentro do gênero fantástico, a curadoria do evento criou uma programação composta pelas melhores produções independentes dos últimos anos, com obras realizadas por homens e mulheres de várias etnias, pessoas trans e indígenas.

A seleção leva ao público a oportunidade de conferir filmes que dificilmente são exibidos no circuito comercial, mas acabam ganhando destaque pelos festivais por onde passam, como é o caso de “Carne”, trabalho de estreia da cineasta baiana Mariana Jaspe.

O curta já foi exibido em mais de 30 festivais, nacionais e estrangeiros, que incluem o Canadá, Portugal, Áustria, Argentina, Peru, entre outros. Em entrevista para o site Final Girl, Mariana afirmou que “Carne, é o primeiro filme de terror escrito e dirigido por uma mulher negra no Brasil e também o primeiro a trazer um elenco inteiramente negro. ”, o que destaca a sua relevância.

No final do ano passado, a cineasta assumiu, ao lado de Maria Camargo, o roteiro da série ficcional sobre Marielle Franco (ainda sem previsão de lançamento), que será veiculada pela Globoplay e dirigida por Antônio Padilha, de “Tropa de Elite”.

Este é apenas um exemplo, entre as mulheres criativas e competentes, que aos poucos veem conquistando espaço entre a cinematografia nacional e que fazem parte da programação da Mostra CineCaos deste ano.

Conheça os títulos dirigido por elas:

 

Floresta Espírito (Clara Chroma, 2020, 5 min.)

O curta apresenta uma viagem xamânica pelas entranhas da Floresta Atlântica.

 

Lambada estranha (Darks Miranda, 2020, 13 min.)

Rio de Janeiro, 2020. A cidade se incendiou e sua água secou ou está contaminada. Das profundezas da terra e do céu surgem seres extra-humanos desorientados.

 

Boca de loba (Bárbara Cabeça, 2018, 19 min.)

Pressões assediadoras das ruas. E um grupo de mulheres procura pela invocação de um espírito selvagem urbano.

 

Plano controle (Juliana Antunes, 2018, 15 min.)

Em 2016, um impeachment destitui a primeira mulher eleita presidente no Brasil. Em um contexto político distópico, Marcela usa o serviço de teletransporte do celular para deixar o país, mas seu plano é controle.

 

Como nenhuma inteligência já amou (Sophi Saphirah, 2020, 9 min.)

Num mundo onde são naturais a automação das coisas e as desigualdades sociais, seria possível seres humanos desfrutarem de relações afetivas com as máquinas? Uma grande revelação surpreende os milhares de consumidores de uma grande empresa de tecnologia.

 

Fome (Manda Ramoos, 2019, 18 min.)

Uma noite entre amigos em um pub se transforma numa brutal luta pela sobrevivência com a chegada de uma criatura demoníaca.

 

Womaneater (Paula Pardillos, 2020, 20 min.)

Elisa tenta recuperar sua qualidade de vida, após o fim de um relacionamento abusivo, enquanto uma assombração torna essa jornada ainda mais desafiadora.

 

Carne (Mariana Jaspe, 2018, 12 min.)

Um jovem casal tem uma intensa e acalorada discussão na piscina. Quando um deles entra na casa, o outro é surpreendido por Àmân.

 

Nebulosa (Noá Bonoba e Bárbara Cabeça, 2020, 14 min.)

Durante um isolamento de emergência, uma mulher convive com um fantasma. Um dia, ela descobre uma rota alternativa: Xz23- amb.recP 11 mil 207+symb.

 

Quinto dos Infernos (Ales de Lara, 2020, 5 min.)

No Brasil, até o inferno é uma gambiarra! Tudo que você sempre quis saber sobre a burocracia infernal e as reuniões demoníacas corporativas, mas não tinha coragem de perguntar.

 

Isolada (Ales de Lara, 2020, 3 min.)

Também dirigido por Ales de Lara, em “Isolada”, após um longo período em isolamento e três semanas sem contato com nenhum ser vivo, uma mulher passa a questionar sua sanidade e até mesmo a ameaça que assola o mundo.

 

Saliva (Maria Trika, 2020, 3 min.)

Minha casa fede a carne. Meu irmão esquece de abrir as janelas. O cheiro me encontra e persegue. Onde vou o azedo vermelho me rodeia. Ocupa meu quarto ao tornar-se marrom. Invade os sonhos no escuro e incendeia quando perturba a letra: Penteia meu cabelo / amanteiga os cantos / acessa a raiva / me tirando a fome / podre / confunde o cheiro / do sono / em meu / corpo.

 

Os crimes da rua do arvoredo (Patty Fang, 2020, 9 min.)

Em Porto Alegre, no século 19, um casal matou alguns viajantes e fez linguiças de carne humana para vender em um açougue da cidade.

 

Fôlego vivo (Juma Jandaíra e Associação dos Indígenas Kariri de Poço Dantas, 2021, 29 min.)

Uma comunidade indígena do povo kariri, situada na Chapada do Araripe (zona rural do Crato/CE), reflete acerca da água: o mito indígena de recriação do mundo junto com as águas contra o mito desenvolvimentista capitalista de controle das águas e das corpas humanas e não-humanas que habitam o (entorno do) Rio São Francisco (Opará).

 

O conteúdo do CineCaos ficará disponível de forma on-line e gratuita no Würlak até o dia 30 de abril. Para ter acesso aos filmes, basta efetuar um breve cadastro pelo site www.wurlak.com.br. A programação do evento está disponível no site da mostra.

 

MOSTRA DE CINEMA E AUDIOVISUAL CINECAOS

Período: De 20 a 30 de abril de 2021

Formato: On-line e gratuito

Onde: www.wurlak.com.br

Programação: www.cinecaos.com

 

 

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