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Darkflix realiza mostra gratuita sobre o movimento cinematográfico New French Extremity

A Mostra New French Extremity traz 13 grandes obras do movimento transgressor.

 

Para complementar a sua programação de Halloween, a plataforma DARKFLIX preparou um especial com obras do movimento francês que se tornou um subgênero do terror. A seleção conta com 13 filmes emblemáticos como “Fronteiras do Pavor”, de Xavier Gens; “Irreversível”, estrelado por Monica Bellucci e Vincent Cassel, e “Climax”, ambos dirigidos por Gaspar Noé; além de “Mártires”, do francês Pascal Laugier, entre outros.

A mostra acontece entre os dias 22 e 25 de outubro de forma online e gratuita, para acessar a programação é preciso se cadastrar, em custo, no serviço de streaming através do site www.darkflix.com.br ou pelo aplicativo da Darkflix, disponível para os sistemas IOS e Android. A mostra dará ao público a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre tais filmes, que em alguns casos ainda são considerados tabus pela crítica.

 

Um movimento contestador e polêmico  

O termo New French Extremity, ou Novo Extremismo Francês, foi cunhado pelo crítico James Quandt para classificar o cinema transgressivo francês que teve início na década de 1990 e se estende até os dias de hoje. O movimento artístico surgiu para contestar o cinema de terror produzido em massa por Hollywood; ele não é sutil, nem divertido, mas garante uma experiência inesquecível.

As obras que se enquadram nessa categoria normalmente apresentam violência extrema, obscenidade, tortura psicológica e muito sangue. Porém tais elementos não são gratuitos. As narrativas são acompanhadas por críticas sociais com uma abordagem amarga e reflexiva, não são filmes violentos, mas sobre violência. Os longas deste subgênero raramente tratam sobre possessão ou entidades sobrenaturais, em vez disso, os antagonistas são humanos, como os espectadores, e tais discussões sobre o comportamento humano são frequentemente exacerbadas através de atos contra o corpo físico, sejam por lutas brutais ou exibições de sexualidade – normalmente apresentada em detalhes. O objetivo de tal vivacidade? Mostrar de forma impactante os tormentos vividos pelos personagens, a sua dor.

 

Seleção de filmes

 

Vingança (Revenge, 2017), Dir. Coralie Fargeat

Em seu primeiro longa-metragem, a diretora Coralie Fargeat consegue juntar elementos que remetem à “Mad Max: Estrada da Fúria”, Quentin Tarantino e John Carpenter. Na história, o bem-sucedido Richard leva sua jovem amante Jen até uma luxuosa casa isolada no meio do deserto. Após uma noite romântica, dois amigos de Richard, Stan e Dmitri, chegam ao local. O trio planeja fazer a sua caçada anual na região, porém a presença de Jen desequilibra o grupo. Em pouco tempo as coisas fogem de controle e um violento ataque desencadeia uma sangrenta busca por vingança.

 

Grave (Raw, 2016), Dir. Julia Ducournau

A trama de “Grave” acompanha Justine, uma jovem vegetariana que se matricula na conceituada Universidade Saint-Exupéry para cursar veterinária. Seus pais estudaram na mesma faculdade e para completar, sua irmã também deve se formar lá. Após passar por um sangrento trote organizado pelos veteranos da escola, Justine desenvolve um desejo ardente por carne humana.  O roteiro faz um paralelo com a adolescência e a sensação de autodescoberta pela qual a maioria passa na faculdade. A passagem entre infância, juventude e a forma como nos tornamos adultos, que para muitos, é considerada um rito.

 

Fronteiras do Pavor (Frontier(s), 2007), Dir. Xavier Gens

Em Paris, durante os motins contra a eleição de um candidato conservador à presidência da França, um grupo de adolescentes criminosos planejam fugir da cidade para Amsterdã levando o dinheiro oriundo de um roubo. Entretanto, um deles é baseado e o bando se separa, três seguem para um hospital e os outros dois seguem para a fronteira com o dinheiro. Lá, a dupla se hospeda em uma pousada próxima para aguardar o resto da gangue. Logo eles percebem que há algo de errado com seus anfitriões. O local é administrado por uma família nazista e canibal liderada pelo patriarca perturbado, o ex-oficial da SS e criminoso de guerra Le Von Geisler, que planeja usar a adolescente do grupo como procriadora de uma nova raça ariana.

 

A Invasora (L’Intérieur, 2007), Dir. Alexandre Bustillo e Julien Maury

Com altas doses de violência, “A Invasora” conta a história de Sarah, uma mulher grávida que perdeu o marido recentemente em um acidente de carro. Deprimida e já no final da gestação, ela decide passar a véspera do Natal sozinha em sua casa. Durante a noite uma mulher bate em sua porta pedindo por ajuda. Logo Sarah descobre que a estanha sabe tudo sobre sua vida e não a deixará em paz até invadir sua casa e colocar em prática seu plano aterrador. Os diretores Alexandre Bustillo e Julien Maury não economizaram no sangue e nos ataques brutais que causam incomodo, principalmente por serem praticados contra uma grávida que precisará lutar com todas as forças para defender a própria vida e a de seu bebê. O filme mantém o espectador tenso, não apenas pela ação, mas pela ânsia em saber os motivos da invasora.

 

Mártires (Martyrs, 2008), Dir. Pascal Laugier

“Mártires” é repleto de violência, tensão e gore. Na trama, quinze anos após uma terrível experiência de aprisionamento e prolongada tortura, Lucie, interpretada por Mylène Jampanoi, parte em uma sangrenta busca por vingança contra seus opressores. Junto com sua amiga de infância, Anna (Morjana Alaoui), que também sofreu abuso e apoiou Lucie durante seus momentos de depressão, ela logo descobre que ambas seriam vítimas de uma nova horrenda experiência de propósitos obscuros. O título é altamente recomendado para aqueles que preferem fugir do terror americano comercial repleto de clichês.

 

Desejo e Obsessão (Trouble Every Day, 2001), Dir. Claire Denis

Controverso, “Desejo e Obsessão” é um filme de atmosfera, que segue o fluxo do desejo de seus protagonistas. No enredo, o jovem casal June e Shane Brown chega a Paris em lua-de-mel. Na cidade, Shane, um homem atormentado por estranhas compulsões, procura dois velhos conhecidos: Léo, um cientista banido dos círculos oficiais por conta de uma polêmica experiência com a libido humana, e sua mulher Coré, cuja beleza é mais predatória do que aparenta. O encontro casual desencadeia um evento cataclísmico. Longe de ser um filme sobre carne e sangue, é um terror sobre o amor.

 

Irreversível (Irreversible, 2002), Dir. Gaspar Noé

Apresentado com uma narrativa inversa, “Irreversível” acompanha os acontecimentos ao longo de uma noite traumática em Paris. Em uma boate, Pierre e Marcus procuram por um homem que atende pela alcunha de “La Tenia”. Um encontro violento se desenrola entre eles. Enquanto isso, a bela Alex é brutalmente estuprada por um estranho em uma passagem subterrânea. Durante o desenrolar da história, o espectador começa a entender a natureza destrutiva de causa e efeito, e como o tempo destrói tudo.

 

Sombrio (Sombre, 1998), Dir. Philippe Grandrieux

“Sombrio” conta a história de Jean, um serial killer perseguido por suas lembranças da infância. Suas vítimas, são prostitutas de beira de estrada. Até que um dia ele conhece Claire, uma jovem virginal e introvertida que pede carona em um dia de chuva. Apesar de ser um homem bruto, pouco sociável, ambos criam um vínculo durante o passeio de carro. Com uma cinematografia minimalista e vertiginosa, Philippe Grandrieux conduz a plateia pela escuridão proposital, onde o medo é ampliado pela imaginação em um terror extático.

 

Climax (Climax, 2018), Dir. Gaspar Noé

Em meados da década de 1990, 20 dançarinos franceses se juntam para um ensaio de três dias em um internato abandonado localizado no coração de uma floresta. Após a última dança, eles decidem festejar em torno de uma grande tigela de sangria. Rapidamente, a atmosfera fica carregada e uma estranha loucura os dominará a noite inteira. Se lhes parece óbvio que foram drogados, não sabem por quem nem por quê. Logo será impossível resistir às suas neuroses e psicoses, entorpecidos pelo hipnótico ritmo elétrico da música. Enquanto alguns se sentem no paraíso, a maioria deles mergulha no inferno. O filme é estrelado por Sofia Boutella, de “Atômica” e a “Múmia”.

 

Alta Tensão (Haute Tension, 2003), Dir. Alexandre Aja

“Alta Tensão” é um filme visceral, ousado e sangrento do diretor Alexandre Aja, conhecido pelo seu trabalho na refilmagem “Viagem Maldita”. A história traz duas jovens amigas a caminho da casa de campo da família de uma delas com o objetivo de aproveitar a tranquilidade do ambiente para estudar. Mas o que elas não imaginariam é que um homem cruel invadiria a casa durante a noite instaurando um verdadeiro horror entre a família.

 

Calvário (Calvaire, 2004), Dir. Fabrice du Welz

“Calvário” propõe uma reflexão ao público sem exagerar na brutalidade embora ainda possa ser incômodo. Marc é um cantor oportunista que vai de asilo a asilo se apresentando para idosos por alguns euros. Durante uma de suas viagens a sua van quebra em uma estrada deserta no meio de uma floresta, resgatado por Boris, ele se hospeda em uma pousada gerenciada pelo simpático Sr. Bartel. Com o passar dos dias, Marc conhece os habitantes do vilarejo, e as reais intenções do gerente da pousada. “Calvário” é o primeiro filme do diretor Fabrice Du Welz, muito elogiado pelo seu trabalho no longa “Alleluia”.

 

Eles (Ils/Them, 2006), Dir. David Moreau e Xavier Palud

Em “Eles”, acompanhamos o pesadelo vivido pelo casal Clémentine e Lucas, moradores de uma casa isolada na Romênia. Certa noite, Clémentine acorda com ruídos estranhos vindos do primeiro andar da casa. Lucas vai até a entrada da residência e percebe que não estão sozinhos. A partir disso o filme se desenrola em tempo real até o final. Os protagonistas precisam se defender e fugir daqueles que invadiram o seu lar. A dupla de diretores, David Moreau e Xavier Palud, apostam em um clima angustiante e assustador sem a necessidade de litros de sangue. O desfecho é perturbador. O pior é saber que a história foi baseada em fatos reais ocorridos na Romênia em 2002.

 

Enquanto Eles Dormem (Dans ton Sommeil, 2010), Dir. Caroline du Potet e Éric du Potet

Neste suspense francês conhecemos Sarah, uma mulher que sofre o luto pela perda do filho adolescente há um ano. Separada após a tragédia, ela vive sozinha em uma casa de campo que parece abandonada. Tentando não pensar na fatalidade, Sarah passa as horas trabalhando como enfermeira em um hospital local. Certa noite, durante sua volta para casa, ela atropela o jovem Arthur, um rapaz da mesma idade do seu falecido filho. Machucado e com medo, ele conta que está fugindo do homem que assaltou sua casa. Sarah decide ajudar o garoto e o leva para casa, o que ambos não sabem é que o assaltante não desistiu e fará de tudo para matar Arthur e quem atravessar o seu caminho. “Enquanto Eles Dormem” faz parte da lista impressionante de filmes de terror franceses que também navegam pelo subgênero de invasão domiciliar, como “Alta Tensão”, “Mártires” e “Eles”.

 

 

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