O cineasta, dramaturgo e jornalista Arnaldo Jabor morreu na madrugada desta terça-feira (15), aos 81 anos. Ele estava internado desde o dia 17 de dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC).
Jabor ganhou notoriedade com o sucesso de seus filmes produzidos entre as décadas de 1970 e 80, o cineasta era devoto em analisar a realidade do país sob inspiração do neorrealismo italiano e da Nouvelle Vague francesa. Entre os seus trabalhos mais conhecidos estão o documentário “Opinião Pública” (1967), e os longas “Toda Nudez Será Castigada” (1973) – vencedor do Urso de Prata no Festival Internacional de Berlim – e “O Casamento” (1975), ambos adaptados de obras de Nelson Rodrigues. Também se destacou com o filme “Eu Sei Que Vou Te Amar” (1986), estrelado pela então jovem Fernanda Torres, a obra foi indicada à Palma de Ouro no Festival de Cannes. Seu último projeto no cinema foi “A Suprema”, lançado em 2010.
Popularmente, é lembrado pela sua atuação como comentarista na imprensa escrita e, sobretudo, na televisão. No final de 1995, se tornou colunista do jornal O Globo, e mais tarde passou a fazer parte de grandes programas da Rede Globo como o Jornal Nacional, Jornal da Globo, Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, além do Fantástico e da Rádio CBN.
Arnaldo Jabor deixa três filhos: João Pedro, Juliana e Carolina Jabor – esta última, cineasta como o pai.