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Catálogo Darkflix: 25 filmes produzidos nos anos 70 que precisam ser assistidos

No início dos anos 1970, após o movimento contracultura da década anterior, em que jovens lutaram por mudanças socioeconômicas, buscando criar novos valores e ideais, muitos passaram a ter uma visão mais aberta sobre a religião e suas crenças, inclusive, mesclando crenças espirituais e filosóficas de culturas de outras partes do mundo. Esse movimento incluía a reflexão sobre o bem e o mal e seus representantes.

Além disso, os horrores da guerra haviam terminado, mas havia uma lembrança amarga sobre armamento nuclear. As mortes em batalha deram lugar a assassinatos chocantes, amplamente divulgados, como o caso de Charles Manson que inspirou uma leva de personagens sádicos.

A indústria cinematográfica não fechou os olhos para estas mudanças e também passou por uma revolução. Vários subgêneros do terror ganharam força, o “horror religioso”, por exemplo, gerou fascínio e se tornou extremamente popular ao trazer histórias baseadas em “fatos reais”.  A década também foi marcada pelo vírus da AIDS, o medo da doença foi refletido em obras, principalmente de ficção cientifica e horror corporal, que tratavam de parasitas, infecções e mutações. Os filmes a seguir ganharam notoriedade durante esse período e se perpetuaram na história da sétima arte, nem sempre por sua excelência, mas muitas vezes pela quebra de paradigmas.

 

O SANGUE DE DRÁCULA (Taste the Blood of Dracula), 1970

“O Sangue de Drácula” é considerado um dos mais interessantes longas da franquia da produtora britânica Hammer e traz, pela quarta vez, Christopher Lee esbanjando charme no papel do principie das trevas. Na trama, três velhos amigos ingleses e um jovem lorde realizam um ritual de magia negra para ressuscitar Drácula. Portando os restos mortais do vampiro, o lorde mistura seu sangue com as cinzas da criatura e bebe o composto. Os amigos observam enquanto o jovem começa a passar mal. Assustados eles o espancam e fogem sem saber que o corpo do rapaz daria vida à Drácula. O vampiro promete matar o trio e para isso usará os filhos deles para fazer o trabalho.

 

A CASA QUE PINGAVA SANGUE (The House That Dripped Blood), 1971

A busca de um inspetor da Scotland Yard por uma estrela de cinema desaparecida o leva a uma casa mal-assombrada. No local, ele é apresentado a quatro contos de terror – escritos pelo autor de Psicose, Robert Bloch, e estrelados pelos íconicos Peter Cushing, Christopher Lee e Ingrid Pitt. Todas as quatro histórias se concentram nos destinos misteriosos dos inquilinos que alugaram a mansão ao longo dos anos. No primeiro conto, o escritor Charles Hillyer e sua mulher vão morar na casa onde ele passa a ser perseguido por Dominik, um personagem assassino de seu último livro.

Na próxima história, um museu de cera instala-se na casa. Phillip Grayson e Neville Rogers tornam-se obcecados por uma estátua que relembra uma mulher que conheceram no passado. Na terceira trama, a babá de Jane, Ann Norton, fica horrorizada com o jeito que o pai, John, trata a menina recusando-se até mesmo a dar-lhe uma boneca. No conto derradeiro, um ator temperamental que está filmando uma produção de terror nas redondezas muda-se para a casa após comprar uma capa preta de um vendedor peculiar. A peça parece dar poderes ao homem.

 

BANHO DE SANGUE (A Bay of Blood), 1971

Dirigido Pelo renomado cineasta Mario Bava, “Banho de Sangue” confirma o status de Bava como o mestre do splatter e apreciador de caracterizações atmosféricas góticas. Esse cultuado thriller é considerado a fonte de inspiração para sucessos como “Sexta-Feira 13” e “Halloween”. Na trama, inúmeros assassinatos ocorrem em uma paradisíaca baía, a primeira vítima é a condessa Donati, proprietária do local. No decorrer da história, os herdeiros da propriedade e moradores da região também se tornam vítimas de um assassino misterioso. Mas não há inocentes, muitos possuem motivos para matar as pessoas ao seu redor.

 

O ABOMINÁVEL DR. PHIBES (The Abominable Dr. Phibes), 1971

Médicos são assassinados de formas bizarras – por morcegos, abelhas, rãs assassinas, entre outras causas – que parecem representar as nove pragas bíblicas do Egito. Os crimes são orquestrados pelo organista Dr. Phibes. Os investigadores ficam perplexos ao descobrirem que todos as vítimas participaram de uma cirurgia malsucedida que levou a óbito a esposa do Dr. Phibes, recentemente dado como morto em um acidente de carro após saber sobre a morte de sua amada. Mas se ele está morto, qual a sua ligação com os assassinatos? O terror com doses de humor é estrelado por Vicent Price, ícone do gênero de horror.

 

O SEGREDO DO BOSQUE DOS SONHOS (Don’t Torture a Duckling), 1972

Lucio Fulci, mestre do gore, é o diretor de “O Segredo do Bosque dos Sonhos”. O italiano também participou da criação do roteiro do longa que foi escrito em parceria com Roberto Gianviti e Gianfranco Clerici. Pode-se dizer que o filme está entre os melhores do gênero cinematográfico italiano de suspense, sendo também uma das melhores produções de Fulci.

Sergio D’Offizi foi responsável pela bela fotografia e capturou com maestria os cenários naturais da locação. O filme se passa em uma remota cidade ao sul da Itália, onde inúmeras crianças estão sendo assassinadas. A polícia se mostra ineficaz e a população indignada se revolta, logo a pequena aldeia se torna uma bomba prestes a explodir. Além dos assassinatos, os temas injustiça e conservadorismo religioso permeiam o longa.

 

CALAFRIO (Willard), 1971

Inspirada no livro “Ratmans Notebook” do obscuro autor Stephen Gilbert, “Calafrio” conta a história de Willard Stiles, um jovem solitário, incapaz de se relacionar bem com outras pessoas, especialmente com sua mãe idosa com quem vive em uma mansão decadente. Ele também não se dá bem com seu chefe, o Sr. Al Martin, responsável por roubar o negócio de seu pai anos antes. Menosprezado pelas pessoas, Willard encontra companhia nos ratos que vivem em sua casa, o jovem passa a treinar e usar os animais em seus planos de vingança. O longa rendeu uma sequência no ano seguinte, “Ben, O Rato Assassino”, em que o roedor da continuidade ao legado de Willard. O ator Bruce Davison recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator por sua interpretação como o personagem-título.

 

BLÁCULA, O VAMPIRO NEGRO (Blacula), 1972

Com direção de William Crain, “Blacula, O Vampiro Negro” apresenta a trama do sanguessuga que vai atrás da reencarnação da amada, mote que seria usado um ano depois no telefilme “Drácula – o Demônio das Trevas” de Richard Matheson e também na versão de Francis Ford Coppola, em 1992. Injustamente, o mérito da nova perspectiva da história ficou com Matheson. Neste filme, Mamuwalde, um príncipe africano, e sua esposa Luva, pedem a ajuda de Drácula para impedir o tráfico de escravos. Porém o conde ataca o príncipe e mata sua amada. Transformado em vampiro, o príncipe é aprisionado em um caixão e lá permanece. Séculos mais tarde, Mamuwalde ressuscita na moderna Los Angeles, nos anos 1970 e parte em busca de seu antigo amor. O longa-metragem faz parte do movimento Blaxploitation iniciado na década de 1970 e, embora ainda apresente alguns estereótipos negativos sobre os negros, trouxe uma nova representação negra, muito necessária, na indústria cinematográfica. As obras deste período são lembradas por seu impacto cultural e pelos ritmos (funk e soul) regularmente utilizados em tais produções.

 

A MORTE SORRIU PARA O ASSASSINO (Death Smiles on a Murder), 1973

Neste excelente horror italiano, dirigido por Joe D’Amato, acompanhamos um homem que utiliza uma fórmula inca antiga para ressuscitar os mortos e assassinar seus desafetos. O longa mescla necrofilia, obsessão e violência em cenas absolutamente hipnóticas. A trilha sonora de Berto Pisano é assustadoramente bela e o elenco é excelente, Klaus Kinski brilha em seu papel e Eva Aulin é competente na interpretação de Greta, uma mulher que volta dos mortos.

 

O EXORCISTA (The Exorcista), 1973

“O Exorcista” é considerado um dos filmes de terror mais aterrador e bem-sucedidos de todos os tempos, sendo inclusive o primeiro no gênero a ser indicado para os principais prêmios do Oscar. A sua trama instiga a nossa visão, não apenas do horror, mas também da luta do bem contra o mal. Linda Blair vive a menina Regan, uma criança alegre e sorridente que é possuída por uma antiga entidade cruel, ardilosa e traiçoeira conhecida como Pazuzu, o pai da mentira.

Damien Karras, um psiquiatra que se tornou padre, é chamado para investigar o caso e reunir provas para requerer um exorcismo ao Vaticano. O longa foi dirigido por William Friedkin e o roteiro foi assinado por William Peter Blatty, autor do romance homônimo baseado em fatos reais, ocorrido nos Estados Unidos com o menino Robbie Manheim, de 14 anos, em 1949.

 

A CASA DA NOITE ETERNA (The Legend of Hell House), 1973

“A Casa da Noite Eterna” está entre os melhores filmes sobre assombrações já produzido e certamente elevou o patamar deste subgênero. O longa se baseia no conto de Richard Matheson, também responsável pelo roteiro tenso e sóbrio da película. A obra apresenta o debate entre a fé e a ciência sobre os acontecimentos sobrenaturais de forma muito competente. Na história, o milionário Rudolph Deutsch propõe à um grupo de pessoas que passem alguns dias em uma mansão supostamente assombrada com o intuito de provar que há vida após a morte, como incentivo pagará um alto valor para todos os participantes que sobreviverem. O grupo é formado por um parapsicólogo e sua esposa, uma médium e um paranormal, único sobrevivente de uma reunião anterior feita no local.

 

O HOMEM DE PALHA (The Wicker Man), 1973

O Rotten Tomatoes dá a este thriller de terror uma pontuação crítica de 89% e uma pontuação de audiência de 83%. A história começa com a investigação de uma criança desaparecida, expondo os segredos de uma cidade escocesa em torno de rituais pagãos e estranho comportamento sexual. Esse horror folk britânico criado por Anthony Shaffer e Robin Hardy influenciou a cultura pop, como visto no videoclipe “Burn The Witch” da banda britânica Radiohead.

Criado pelos britânicos Anthony Shaffer e Robin Hardy, “O Homem de Palha” teve uma ótima recepção da crítica e público. O terror folclórico ostenta uma aprovação de 88% no Rotten Tomatoes, site especializado em críticas de cinema e televisão. O filme possui elementos de fantasia e horror e conta a história do sargento Howie, um investigador que procura por uma menina desaparecida em uma pequena comunidade isolada na costa oeste da Escócia. Durante a investigação, o policial moralista se choca com os costumes do local onde casais fazem sexo ao ar livre e mulheres dançam nuas em rituais religiosos. Quando conhece o Lord Summerisle, líder religioso de uma seita pagã, belamente interpretado por Christopher Lee, a sua missão passa a correr perigo.

 

NOITE DO TERROR (Black Christmas), 1974

Na véspera de Natal, universitárias de uma fraternidade festejam sem saber que serão alvos de um assassino que espreita pela residência. Durante a festa, elas começam a receber estranhas ligações anônimas. Na mesma noite, Claire, uma das meninas da fraternidade desaparece, a polícia é acionada, mas não dá muita importância ao caso. O tenente Fuller, resolve dar ênfase às ligações feitas à fraternidade para descobrir se há alguma ligação com o desaparecimento da jovem. Os telefonemas não param e todos se veem em torno de um mistério sangrento quando corpos começam a aparecer. No decorrer dos anos, “Noite do Terror” ganhou um culto de seguidores que ganhou dois remakes, um em 2006 e outro em 2019. A personagem sobrevivente do original figura até hoje nas listas de melhores “final girls” do cinema.

 

O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA (The Texas Chain Saw Massacre), 1974

Não é novidade que “O Massacre da Serra Elétrica”, do diretor Tobe Hooper, é uma das produções mais importantes da história do cinema de horror. Não apenas inspirou várias sequências e reboots, mas também foi uma adição completamente nova ao gênero, abrindo as comportas do sangue de viajantes desavisados. Ainda hoje, Leatherface é considerado um dos vilões mais perturbadores da história, prova disso, são as inúmeras vezes que o personagem voltou às telas em continuações e refilmagens do original. Nele, a jovem Salle descobre que o túmulo de seu avô foi vandalizado e decide investigar. Acompanhada de seu irmão e amigos, ela segue para a antiga fazenda da família, onde se encontra o jazido. Para o azar dos jovens, na redondeza também se encontra uma família de canibais liderada por Leatherface, um psicopata que empunha uma serra elétrica para desmembrar suas vítimas.

 

A MANSÃO MACABRA (Burnt Offerings), 1976

Com enredo lendo e suspense crescente “A Mansão Macabra” traz uma história de possessão demoníaca que acontece em uma casa vitoriana. Baseado no romance homônimo de Robert Marasco, o filme conta a história de uma família que vai passar o verão em uma antiga mansão. Os proprietários pedem um valor baixo pela estadia, mas em troca, os moradores precisarão cuidar de uma idosa que vive em um dos quartos da casa enquanto seus filhos viajam. Pouco tempo depois, Ben, o pai da família, começa a ter um comportamento estranho e coloca a vida de todos em risco. O longa não faz uso de grandes efeitos especiais, nem jump scares, e aposta no terror psicológico para contar a história.

 

CALAFRIOS (Shivers), 1975

Em sua primeira incursão em um longa-metragem, o diretor canadense David Cronenberg, decidiu explorar o sexo e a psicose humana como o mote de “Calafrios”. Trata-se de uma obra extremamente sangrenta e sexualizada. Na trama, os moradores de um complexo de apartamentos aos poucos são infectados por parasitas geneticamente modificados por um médico louco, transformando-os em maníacos sexuais violentos e assassinos. O filme é repleto de momentos “boca a boca”, há inclusive uma cena onde pai e filha se beijam calorosamente, além dos carinhos labiais entre a bela atriz Barbara Steele e sua colega do condomínio. Porém, a cena mais emblemática envolve o herói da história, Roger. Ele se encontra em uma piscina, imobilizado por pessoas contaminadas, para que a sua “crush”, recentemente infectada, possa transmitir o parasita através de um beijo melodramático em câmera lenta.

 

O INQUILINO (The Tenant), 1976

O então jovem cineasta Roman Polanski, além de dirigir, também atua em “O Inquilino”. Nesta história sombria e tensa, o imigrante polonês Trelkovsky, vivido por Polanski, aluga um apartamento em um estranho prédio residencial onde a última inquilina se atirou da janela. Ele fica obcecado pela história e se convence de que os moradores do edifício estão tramando um plano para que ele também se suicide. Os cenários e a trilha sonora criam grande suspense e inquietação ressaltando como o local e a situação do personagem é perturbadora. A obra é o terceiro filme da Trilogia do Apartamento realizada pelo diretor e composta pelos filmes “Repulsa ao Sexo” e “O Bebê de Rosemary”.

 

CARRIE, A ESTRANHA (Carrie), 1976

Dirigido pelo grande cineasta Brian de Palma, “Carrie, A Estranha” é considerado um dos maiores clássicos do gênero do terror. Na trama, acompanhamos a tímida Carrie, uma adolescente atormentada pelos colegas da escola e por sua mãe Margaret, uma fanática religiosa que controla e castiga a filha por acreditar que seu comportamento é pecaminoso. Durante a história, Carrie descobre estranhos poderes e em um momento de fúria, decide usá-los para se vingar dos que lhe fizeram mal. O filme recebeu duas indicações ao Oscar, o de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante.

 

A PROFECIA (The Omen), 1976

“A Profecia” de Richard Donner aborda o tema relacionado à figura maligna do diabo usando uma criança por intermédio. Na trama Kathy dá à luz a uma criança morta, com receio de que sua esposa não suporte a perda Gregory adota em segredo outro bebê para substituir seu filho.  Damien cresce e se torna um menino doce e saudável, mas no seu aniversário de cinco anos coisas estranhas e perturbadoras começam a acorrer. Com excelente direção, um roteiro bem-sucedido e uma trilha sonora impecável, o longa figura nos primeiros lugares nas listas de melhores filmes de horror do cinema. Isso porque apresenta vários argumentos que induzem o público a acreditar que a menino é filho do demônio, justificando os acontecimentos e as atitudes de vários personagens, mas ao mesmo tempo, todas as premissas podem ser questionadas levando o espectador à uma leitura psicológica de todo o enredo em que as situações podem ser atribuídas à pura coincidência.

 

QUADRILHA DE SÁDICOS (The Hills Have Eyes), 1977

Dirigido pelo inventivo Wes Craven, criador de “A Hora do Pesadelo” e “Pânico”, “Quadrilha de Sádicos” se inspira em uma história lendária sobre 48 canibais que aterrorizaram os viajantes na Escócia do século XV. No longa, durante uma viagem de carro até a Califórnia, a família Carter, liderada pelo patriarca Big Bob, resolve fazer um breve desvio. Para seu azar, acaba em uma área de testes da Força Aérea norte-americana, habitada por um grupo de sádicos primitivos.

O filme explora o medo originado no pós guerra do Vietnã e o horror das possíveis consequências de uma bomba atômica. Um remeke foi lançado em 2006 sob a direção do francês Alexandre Aja.

 

HALLOWEEN – A NOITE DO TERROR (Halloween), 1978

“Halloween: A Noite do Terror” é um dos filmes de maior sucesso da cena independente americana. O longa marcou época, não apenas pela grande bilheteria, mas por lançar a atriz Jamie Lee Curtis e Carpenter ao estrelato, além de abrir caminho para uma leva de filmes do mesmo gênero que foram lançados nos anos seguintes, como “Sexta-feira 13”, “A Hora do Pesadelo”, “Pânico” e tantos outros.

Na trama, que privilegia o suspense e o clima de tensão mais do que vísceras e sangue, acompanhamos um menino de apenas seis anos ser enviado para um hospital psiquiátrico após esfaquear e matar a sua irmã mais velha no dia das Bruxas. Quinze anos se passam, e na noite de Halloween, o assassino foge da instituição rumo a sua cidade Natal. Ainda obcecado pelo assassinato da irmã, Michael Myers, agora com 21 anos, escolhe um novo alvo: a estudante Laurie Strode, que precisa lidar com o medo e a paranoia de ser perseguida por um desconhecido sem saber o real motivo.

 

A VINGANÇA DE JENNIFER (I Spit On Your Grave), 1978

Escrito, produzido, dirigido e editado pelo cineasta Meir Zarchi, “A Vingança de Jennifer” foi lançado em 1978 e imediatamente gerou controvérsia devido à violência exibida e as longas cenas envolvendo ataques sexuais. O que torna este filme ainda mais perturbador é que a vítima da história vira o jogo contra os seus algozes seduzindo-os para então se vingar das formas mais grotescas possíveis. Em uma das cenas, após cravar um machado nas costas de um dos homens, a protagonista usa as hélices do motor de um pequeno barco para estripar outro agressor. Este filme é considerado por muitos, incluindo críticos como Roger Ebert, um dos filmes mais aterradores já feitos. O filme ganhou uma refilmagem em 2010 chamada “Doce Vingança”, que por sua vez, gerou duas sequências com o mesmo mote.

 

O ASSASSINO DA CAIXA DE FERRAMENTAS (The Toolbox Murders), 1978

Citado por Stephen King como um de seus filmes de terror favoritos, “O Assassino da Caixa de Ferramentas” chegou aos cinemas afirmando que se baseava em uma história real, mas logo foi descoberto que a alegação era apenas uma estratégia de marketing para atrair o público. Nele, um serial killer mascarado invade um condomínio, matando cruelmente várias mulheres com os objetos de uma caixa de ferramentas. Quando uma jovem é sequestrada pelo mesmo assassino, dois rapazes investigam o crime e acabam chegando a uma terrível descoberta. Uma refilmagem intitulada “Noites do Terror” foi lançada em 2004 sob a direção de Tobe Hooper.

 

OS VAMPIROS DE SALEM (Salem’s Lot), 1979

Na infância, o escritor Ben Mears passou por uma experiência assustadora no interior da mansão Marsten, uma construção icônica localizada em sua cidade natal, Salem’s Lot. Muito anos depois, ele retorna à região para escrever um livro sobre a tal residência. O que Ben não sabe, é que o local acolhe novos horrores. Novos inquilinos vivem na mansão, dois poderosos vampiros. Com a ajuda do padre da cidade e alguns amigos, o escritor terá que enfrentar as criaturas que ameaçam todos os moradores de Salem’s Lot. “Os Vampiros de Salem” foi lançado em 1979 e inicialmente seria dirigido por George A. Romero, mas o cineasta desistiu após saber que não conseguiria fazer a versão que queria devido restrições da rede de televisão que veicularia a produção. O filme acabou sendo dirigido por Tobe Hooper de “O Massacre da Serra Elétrica”.

 

OS FILHOS DO MEDO (The Brood), 1979

Em “Os Filhos do Medo”, Frank Carveth inicia uma investigação amadora no centro de reabilitação no qual sua esposa está internada. Sua desconfiança sobre os métodos controversos utilizados pelo Dr. Hal Raglan começa quando percebe que a terapia está causando lesões, não apenas em sua esposa, mas na filha do casal. Tudo piora quando uma série de assassinatos cometidos por crianças parecem estar envolvidos com o tratamento experimental de Raglan, batizado de “psicoplasmação”, método que consiste em isolar os medos dos pacientes em seus próprios corpos. A obra faz parte da filmografia do canadense David Cronenberg, diretor conhecido pela imprensa e pelo público como o Barão do sangue. Seus primeiros longas-metragens já flertavam com o estilo que o consagrou, a exploração das relações entre corpo, imagem e tecnologia com referências explícitas visuais à degradação do físico e da carne, utilizando com metáforas que abordam questões humanas e sociais relevantes, como é o caso de “Os Filhos do Medo”.

 

ZUMBI 2 – A VOLTA DOS MORTOS (Zombi 2), 1979

A mais notória obra do diretor italiano Lucio Fulci revolucionou as histórias de mortos-vivos apresentando cadáveres putrefatos e repugnantes levantando de seus túmulos, algo bem diferente do que havia sido criado por George A. Romero (pai do subgênero). O longa de Fulci, já considerado um cult do cinema de horror, possui cenas antológicas, trilha sonora envolvente e uma direção inspirada. Na trama, acompanhamos Anne, uma jovem em busca de seu pai, um famoso cientista desaparecido em uma ilha do Caribe. Acompanhada por um repórter, ela parte para o arquipélago na esperança de encontrar pistas do paradeiro do Dr. Menard. Ao chegarem, descobrem que uma epidemia devastadora transformou a maior parte dos habitantes em zumbis. A obra chegou a ser comercializada como uma sequência de “Despertar dos Mortos” (1978), de Romero.

 

 

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